Observatório Regional: Conjuntura nacional contamina eleições municipais

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14196015_1256248994406895_7995966311156549871_o* Isaías Gomes de Lima – Cruzada anti-esquerda, efeito manada – agora chamada “onda azul” – foram determinantes nas eleições no Grande ABC e em todo país. Apesar das taxas de abstenção, dos votos nulos e brancos, três cidades do Grande ABC com menos de 200 mil habitantes elegeram prefeitos e vereadores no primeiro turno.

Santo André, Diadema, Mauá e São Bernardo do Campo elegerão prefeitos em segundo turno. Resultados das eleições imprimiu novas feições políticas aos poderes locais (Câmaras e Governos Municipais) das sete cidades da região.

Com universo eleitoral próximo de 570 mil votos, Santo André é exemplo do que foram as eleições municipais 2016. Destaque-se quantidades de votos brancos (29.775), nulos (79.774) e abstenções (126.721), totalizando 236.240 mil), superando votação dos dois candidatos (187.168) que disputarão a cadeira do Paço, em 30 de outubro. Os demais candidatos obtiveram 146.254 votos que, somados aos que se abstiveram de votar no primeiro turno, agora é a busca e sonho de Carlos Grana (PT 13) e Paulo Serra (PSDB 45).

Eleições municipais – 2016 trouxeram novidades e peculiaridades. Muitos candidatos foram tomados de surpresa ou de assalto, tendo em vista restrições e limitações impostas pela lei eleitoral que presidiu o processo, a saber: doações a candidatos restritas a pessoas físicas, vedadas contribuição de empresas; tempo de campanha reduzida a quarenta e cinco dias no primero turno, severa disciplina com relação ao “visual” das campanhas, proibindo colocação de cavaletes, faixas e outros meios de divulgação. Entretanto, candidaturas puderam explorar midias sociais.

Além de, por assim dizer, o engessamento das campanhas imposto pelos imperativos legais, dos minguados recursos financeiros, que atingiu rigorosamente partidos e coligações, dos acontecimentos que abalaram o país nos anos recentes contaminaram e comprometeram as eleições municipais.

Operação Lava Jato, Impeachment da Presidente da República, denúncias de corrupção, condenações e prisões de políticos e empresários de maior expressão, descrença na classe política marcaram os processos eleitorais das cidades do Grande ABC, da Capital, e o fenômeno estendeu-se por todo país. Busca-se eleger o “novo”. Alea Jacta Est.

* Professor Isaías Gomes de Lima

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1 comentário on "Observatório Regional: Conjuntura nacional contamina eleições municipais"

  1. davidson

    Uma onda azul vem chegando e junto uma quantidade significativa de oportunistas que vem propondo soluções para a periferia. Oportunistas que nunca pisaram e obviamente de fato não conhecem as reais necessidades desta população.

    Nos resta alertá-los e relatarmos o progresso que ocorreu nos últimos anos para estas classes menos favorecidas e apontarmos o retrocesso que essa onda azul poderá causar no nosso meio.

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