Genera e Casa de Angola fazem parceria para resgatar memória de angolanos em SP

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Laboratório colabora com projeto Centro Cultural Casa de Angola com objetivo de oferecer uma saúde personalizada, conhecer e preservar a ancestralidade deste povo

Da Redação – Destino certo para muitos, o Brasil registra cerca de 17,3 mil angolanos residentes e registrados no país, segundo dados do Sistema de Registro Nacional Migratório (Sismigra). De todos os povos refugiados que se encontram na capital paulista, a comunidade angolana é uma das maiores com cerca de 20% do total em relação aos outros, de acordo com os dados do relatório “Georreferenciamento de Pessoas em Situação de Refúgio Atendidas pela Cáritas Arquidiocese de São Paulo em 2018”.

O apagamento histórico, fato que atinge diversos povos com a falta de informações precisas sobre suas origens, resulta em inúmeras lacunas históricas que precisam ser preenchidas para esse resgate ancestral. Uma das consequências é a falta de mapeamento dos genes das populações ao redor do mundo. Africanos e indígenas são os povos que possuem menos dados genéticos no mundo, o que significa uma enorme perda para o reconhecimento das suas origens. A fim de colaborar com a mudança desse cenário, a Genera – o primeiro laboratório brasileiro especializado em genômica pessoal – firma parceria com o Centro Cultural Casa de Angola em SP.

“Com o teste de ancestralidade analisamos centenas de milhares de pontos do DNA, tornando possível acessar o histórico genético de um indivíduo por, pelo menos, 5 gerações, o que corresponde em média a 400 anos. Em parceria com o Centro Cultural Casa de Angola, oferecemos 30 testes genéticos completos a angolanos residentes no Brasil. O resgate da ancestralidade de qualquer povo africano é muito valioso em muitos sentidos: resgate histórico, para a preservação cultural e para a ciência”, esclarece Ricardo di Lazzaro, médico e sócio-fundador da Genera.

O Centro Cultural Casa de Angola que será inaugurado no próximo dia 26 de junho é um espaço dedicado essencialmente à promoção cultural, que se propõe a oferecer ao público a oportunidade de estar em contato com diversas experiências do universo angolano, como sua culinária, exposição de obras de artes, biblioteca, aulas de línguas nacionais (angolanas), palestras, práticas esportivas (incluindo a capoeira), música ao vivo e rodas de leitura, intercâmbio cultural entre Angola – Brasil, dentre tantas outras atividades.

Para Divaldo Vicentte, diretor geral do Centro Cultural Casa de Angola, “trata-se de um projeto independente com o objetivo de incentivar e compartilhar múltiplas manifestações culturais, legitimar a presença da nossa comunidade, difundindo a identidade angolana e promovendo a cumplicidade entre as duas nações tão próximas, Angola e Brasil”, explica o diretor.

“Este tipo de parceria é um grande ganho científico e cultural. Além de possibilitar um aprofundamento de qualquer cultura, colabora para a preservação das origens de cada povo. A intenção da Genera é ampliar cada vez mais os bancos de dados, permitindo que todos tenham acesso àquilo que deveria ser o básico: saber de onde viemos. Além disso, vamos estender essa ação aos povos originários da região do Levante, como Síria, Líbano e Jordânia”, conclui Ricardo.

Sobre a Genera

Criada por Ricardo Di Lazzaro e André Chinchio, a Genera é o primeiro laboratório brasileiro especializado em genômica pessoal que realiza testes de ancestralidade, saúde e bem-estar no Brasil e que atua no mercado desde 2010 com foco em inovação. Por meio de uma técnica chamada microarray, a startup faz uma leitura completa do DNA de cada pessoa, com o objetivo de oferecer caminhos mais acessíveis para o autoconhecimento e que auxiliam na busca por uma vida mais saudável. Com um crescimento de 70 vezes no faturamento dos últimos 5 anos e 15 vezes comparando apenas 2019 e 2020 com os testes de Ancestralidade, Saúde e Bem-Estar, a instituição ampliou suas atividades para Argentina e Uruguai. Em 2020, Ricardo di Lazzaro foi um dos nomes premiados no “Inovadores com menos de 35 anos na América Latina 2020”, prêmio que consiste em recompensar os 35 jovens mais inovadores com menos de 35 anos de idade da América Latina promovido pelo MIT Technology Review, edição em espanhol da revista do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, Em 2021, a instituição ficou entre as escolhidas na seleção “100 Startup to Watch”, o ranking é elaborado por Pequenas Empresas & Grandes Negócios, Época Negócios, Elogroup e Innovc, que seleciona 100 startups que mais demonstram potencial para transformar mercados e impactar consumidores no Brasil”.
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