Saúde entrega reforma e ampliação do Centro Especializado em Reabilitação

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Da Redação – A Secretaria de Saúde de São Bernardo realizou nesta sexta-feira (23) a entrega das obras de reforma e ampliação do Centro Especializado em Reabilitação (CER). As intervenções permitem que o serviço ofereça novos recursos terapêuticos e tecnologias, além de atender, com mais qualidade, um número maior de pessoas com deficiência.

A cerimônia contou com a participação do prefeito em exercício, Frank Aguiar, e da secretária de Saúde, Odete Gialdi, além de usuários e trabalhadores da unidade, que se apresentaram em coral. “São Bernardo é uma cidade grande, com mais de 800 mil habitantes. Aqui no CER temos capacidade para atender cerca de 1.500 pessoas. É uma porcentagem pequena se comparada com o todo, mas são pessoas que merecem toda a nossa atenção, respeito e investimento. O que nós fazemos aqui é para garantir a inclusão, os direitos e a dignidade das pessoas com deficiência. É com muita alegria e emoção que entregamos essa obra, porque sabemos da enorme diferença que esse serviço faz na vida das pessoas”, avaliou a secretária.

Frank Aguiar ressaltou o compromisso com a Saúde assumido pela atual gestão, em 2009. E que priorizar o cuidado é gratificante: “Estamos prestes a encerrar um ciclo e temos muito do que se orgulhar. Como gestores, eu e o prefeito Luiz Marinho sempre tivemos consciência de que fomos eleitos para servir o povo. E isso foi feito”, afirmou.

Atualmente, o CER oferece cuidado multiprofissional a cerca de 900 pessoas, entre crianças, adultos e jovens, com deficiência física, intelectual, auditiva e visual, e também a 450 usuários com deficiência temporária que necessitam de fisioterapia. São realizados cerca de 300 atendimentos por dia, em um modelo que leva em consideração a integralidade do usuário e suas necessidades e da família.

O serviço realiza diagnóstico, avaliação, orientação, estimulação precoce e atendimento especializado em reabilitação. Casos de disfunções neurológicas, síndromes genéticas e distúrbios de aprendizagem são encaminhados pela rede municipal e atendidos por equipe de 105 profissionais, composta por enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicólogos (inclusive habilitados em Libras), assistentes sociais, nutricionistas, orientador de mobilidade e médicos especialistas, como psiquiatra, neuropediatra, neurologista adulto, otorrinolaringologista, oftalmologista, ortopedista, fisiatra e homeopata.

As obras custaram cerca de R$ 910 mil, recursos oriundos do governo federal. Além de melhorias como pintura, substituição de toda a rede elétrica e do sistema de iluminação, recuperação do telhado e outras adequações, houve o aumento no número de espaços e serviços. Antes da reforma, o CER contava com apenas 15 salas; agora, são 41 espaços, bem mais amplos.

Entre os novos ambientes criados estão o “apartamento inclusivo”, para os pacientes que necessitam de adaptação das rotinas e atividades de vida diária, um ateliê para treino de habilidades motoras finas, brinquedoteca e sala de jogos virtuais, para a estimulação neurossensorial, cognitiva e fortalecimento muscular. A unidade também ganhou ginásio destinado ao tratamento de pacientes com dores crônicas, e ampliou o de reabilitação infantil, adulta e estimulação precoce.

As obras incluíram ainda a construção de dois setores, um para acompanhamento integral de pacientes com perda auditiva, desde o diagnóstico até a reabilitação, com o apoio de profissionais capacitados em Libras, e outro de reabilitação visual, com todos os equipamentos necessários para reabilitação visual, e treino de orientação e mobilidade.

“Renasci” – A dona de casa Elizabeth Cristina Silva, 38 anos, aprovou as novas instalações. Ela perdeu completamente a visão – que já era comprometida desde a adolescência – em 2010. “Antes eu enxergava imagens sem detalhes e cores desgastadas. Fiz quatro cirurgias corretivas, mas fiquei cega. Nessa época já era casada, tinha dois filhos e entrei numa profunda depressão”, conta.

Ela lembra que chegou a ir ao CER algumas vezes, mas recusou o tratamento: “Não tinha vontade nem forças. Dois anos depois perdi meu marido e mesmo assim não aceitava ajuda.” A situação começou a mudar há seis meses, quando ela finalmente iniciou o acompanhamento. “Venho duas vezes por semana e estou me redescobrindo. Recuperei a alegria de viver. Eu vivia na escuridão e achava que minha vida tinha acabado. Aqui estou aprendendo a ler em braile, a usar a bengala e faço terapia. Eu renasci graças ao CER.”

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