* Antília Reis –Os zoológicos são prisões onde vivem encarcerados milhares de animais ao desfrute daqueles que vão visitá-los. Nessas prisões, com a ilusão de serem livres, há todos os tipos de animais expostos como se fossem obras de arte em um museu.
Uma visita a qualquer zoológico é suficiente para darmos conta de que a liberdade não existe. Os animais são obrigados a viverem em jaulas, gaiolas e outros espaços reduzidos, longe de seu habitat natural e muito longe de conhecerem uma vida satisfatória.
Animais como leões, tigres, cervos, elefantes, etc, que normalmente percorrem longas distâncias em um curto período de tempo procurando por comida e que necessitam do contato direto com outros animais como eles, passam os dias entediados e sozinhos ou com não mais do que um companheiro de sua espécie.
Suas ações “habituais” são reguladas nos zoos e eliminadas com regimes de alimentação e acasalamento. O dia a dia nos zoos é monótono e repetitivo.
Na maioria dos casos não existe nenhum tipo de privacidade nem estímulo e, por isso – como ocorreria conosco – os animais têm um grande sofrimento físico e emocional. Esse padecimento devido à falta de liberdade é algo tão evidente que em todos os zoos, se você observar com um pouco mais de atenção, vai perceber animais com transtornos psicológicos devido ao estresse e a ansiedade.
Muitos animais manifestam comportamentos estereotipados, ou seja, repetem monotonamente o mesmo padrão de comportamento e/ou movimentos.
* Antília Reis é advogada, diretora na empresa Antília Da Monteira Reis Advocacia e presidente da Comissão de Proteção da Defesa Animal na Subseção de São Bernardo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SBC)
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