* Wilson Moço – “Lá vai uma vela aberta se afastando pelo mar, branca visão que desperta anseios de navegar. Meus olhos seguem a vela pela vastidão do mar.” O trecho da música ‘Vela Aberta’, de Walter Franco, serve para traduzir o que foi e é a vida de Robert Scheidt, velejador que é o maior medalhista do Brasil na história da Olimpíada e que nesta segunda-feira (8) inicia sua ‘batalha naval’ em busca da sexta medalha olímpica.
A tarefa do atleta de 43 anos com certeza será das mais difíceis nas poluídas águas da Baía de Guanabara, pois terá pela frente na classe Laser competidores até 20 anos mais jovens e cheios da disposição própria da idade. A prova desta segunda-feira começa às 13h05, mas ao todo serão 10 regatas, duas por dia, até chegar à medal race (regata da medalha) no dia 15.
Obviamente a diferença de idade pode fazer diferença a favor dos adversários, mas Scheidt tem a seu favor a experiência e o sangue frio de quem já tem duas medalhas de ouro, duas de prata e uma de bronze e também o fato de conhecer muito bem as águas turvas onde as provas serão disputadas. Caso consiga uma das três medalhas em jogo, será o primeiro velejador, entre todas as classes do iatismo, a somar seis conquistas na vela. E o mais impressionante é que terá chegado ao pódio em seis edições consecutivas dos Jogos, considerando todos os esportes.
E Robert Scheidt aposta justamente na experiência de anos e anos nas águas para conseguir a regularidade que poderá lhe garantir um lugar entre os primeiros na regata que definirá o campeão, no dia 15. “Conta muito ter passado por todas as situações. Alguns atletas estão no auge da careira, mas nunca participaram de uma Olimpíada. O fato de já ter definido medalha olímpica, ter ganho e perdido na última regata conta muito no final
Os números do bicampeão olímpico Robert Scheidt comprovam o valor da regularidade como arma para conquistar um lugar no pódio. Nas campanhas do ouro em Atlanta, prata de Pequim e bronze de Londres, ele esteve entre os 10 primeiros em todas as regatas. Em Atenas, onde também foi campeão, foi top 10 em nove entre 11 provas, enquanto em Sydney chegou ao segundo lugar chegando entre os 10 primeiros sete vezes ao longo da disputa.
Assim como a ginástica artística, hóquei, badminton, luta greco-romana, esgrima, arco e flecha e outros esportes que no Brasil podem ser chamados de ‘patinhos feios’, pois quem não está ligado de alguma maneira às modalidades não sabe do que se trata e estas padecem da falta de incentivo, o iatismo sobrevive sobretudo na disposição dos atletas em enfrentar todas as adversidades para levar o esporte adiante e, acima de tudo, figurar entre as principais forças, mesmo que isso seja apenas na luz de uma estrela solitária.
Obviamente o Brasil tem outros competidores de alto nível, mas Robert Scheidt paira sobre todos os outros. E seria mais do que merecido que chegasse à medalha de ouro na Rio 2016, sua casa, naquela que provavelmente será sua última Olimpíada.
Frase:
Eu jamais pedi para me dar ingresso de graça. Pedi para facilitar a compra porque eu não estava conseguindo comprar
Amaury Pasos, bicampeão mundial de basquete e com dois bronzes olímpicos pelo Brasil, que só conseguiu comprar ingressos para os jogos Rio 2016 após recorrer à Confederação Brasileira de Basquete
JOGO RÁPIDO
ESTAFA
- A atleta Tatiane Pacheco se apresentou com um quadro de estafa física neste sábado (6), no dia da estreia do basquete feminino. A ala da Seleção Brasileira foi examinada pelo médico da seleção, Dr. Jorge Luiz Oliva, que a encaminhou para a realização de exame de sangue na Policlínica da Vila Olímpica. A atleta foi poupada da partida contra a Austrália e permanece em repouso.
SEM MEDALHA…
- Bicampeão mundial de basquete e com dois terceiros lugares olímpicos, o ex-jogador de basquete Amaury Pasos, de 80 anos, teve a medalha de bronze obtida com a seleção em Tóquio-64. A lenda do basquete brasileiro teve a casa em São Paulo assaltada e um dos itens levados foi a medalha. Querendo de volta a relíquia, Amaury contatou o Comitê Olímpico Brasileiro para saber se havia alguma réplica da medalha, mas o ex-jogador não foi respondido.
…E QUASE SEM INGRESSO
- Amaury ainda diz ter entrado em contato com o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman através de sua secretária na tentativa de ter alguma facilidade para comprar ingressos para os Jogos Olímpicos do Rio. Ele garante que não queria regalias. Amaury recorreu à Confederação Brasileira de Basquete, que atendeu o seu pedido e permitiu que ele comprasse os ingressos.
JUDÔ CONTINUA SEM GANHAR NADA
- O judô brasileiro continua de mãos vazias na Rio 2016. Os brasileiros ainda espera por uma medalha nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Após Sarah Menezes, Felipe Kitadai e Charles Chibana saírem de mãos vazias, Érika Miranda também não conseguiu a tão sonhada conquista. Eliminada nas quartas de final, ela ainda buscava o bronze e ficou a uma vitória do feito após ter vencido na repescagem. No entanto, ela não foi capaz de superar a japonesa Misato Nakamura.
OURO PARA KOSOVO
- A primeira medalha da história do Kosovo como nação independente é dourada. Neste domingo, a judoca Majlinda Kelmendi venceu a italiana Odette Giuffrida na decisão da categoria meio-leve na Arena Carioca 2, na Barra, para conquistar o ouro nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. E cumprindo a sua promessa para a atleta, o presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Para, veio entregar a medalhar para a atleta.
FUTEBOL FOGE DAS EXPLICAÇÕES
- Pegou muito mal. Após o jogo com o Iraque, nenhum jogador brasileiro se dignou a dar entrevista para os repórteres de TV, na zona mista, à beira do campo. É dessa forma que esses jogadores querem vestir a camisa da seleção brasileira? O senhor Neymar, mais preocupado em como gastar o seu rico dinheirinho nas baladas, festas, e outras coisinhas mais, foi o primeiro a ir para os vestiários. E enquanto o Gabriel Jesus ficou mais preocupado em discutir com a arbitragem, o Gabigol ficava o tempo todo se olhando nos telões e penteando seu cabelo. Essa seleçãozinha é mesmo um grande fiasco. Se for para fazer vergonha, é melhor que nem passem de fase.
FINAIS DA GINÁSTICA ARTÍSTICA MASCULINA
- O Brasil faz a inédita decisão por equipe masculina nesta segunda-feira (8), das 16h às 18h55, nas Olimpíadas Rio 2016. Além das provas que valem o título de grande campeão olímpico, os ginastas brasileiros se classificaram para seis finais individuais.
* Wilson Moço é jornalista, com passagens pelos jornais Diário do Grande ABC nas funções de repórter e editor-assistente de Esportes, de Política e de Setecidades, além de redator da Primeira Página; Gazeta Esportiva, como chefe de reportagem e editor-assistente; Bom Dia ABCD, como editor; ABC Repórter, como editor; e Revista Livre Mercado, como editor-executivo, além de atuar na Secretaria de Comunicação das Prefeituras de Santo André e São Bernardo. Contatos com o autor e colunista pelo e-mail wilsonmoco53@gmail.com
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