Da Redação – Com um olhar atento aos homens que não se cuidam, a Campanha Novembro Azul tem o objetivo de levar informações sobre prevenção do câncer de próstata, além de reduzir o número de mortes pela doença. O câncer de próstata é uma doença silenciosa e quando algum sintoma aparece, ela pode estar em um estágio avançado. No Brasil, é o segundo tipo que mais acomete homens, perdendo apenas para o de pele não melanoma.
Ainda não existe uma forma de prevenir o seu aparecimento. O que se pode fazer hoje é um diagnóstico precoce da doença, o que aumenta consideravelmente as chances de cura.
No entanto, os especialistas ressaltam que hábitos saudáveis, como dieta livre de gordura, não fumar, prática de atividade física, por exemplo, podem de alguma maneira prevenir este e também outros cânceres.
A fase inicial do câncer de próstata não apresenta sintomas, de uma forma geral, a doença aflige homens com mais de 50 anos, e por isso é comum já existirem sintomas relacionados à hiperplasia benigna, que é quando a próstata apresenta um aumento de tamanho, e muitas vezes são confundidos com “sintomas de câncer”. Em fases mais avançadas, aparece a dificuldade para urinar, dor perineal e até sangramento.
Para o urologista do Hospital Assunção, da Rede D’Or São Luiz, Dr. Silvio da Ressurreição Pires, a detecção precoce é o principal trunfo para o sucesso do tratamento. “De maneira geral, a avaliação clínica feita por um urologista aliada ao exame de sangue específico para a próstata, ultrassom da próstata e toque retal são suficientes para criar uma suspeita”, explica.
Atualmente a ressonância magnética tem sido aplicada em casos especiais. Mas o diagnóstico da presença do câncer só é possível através da biópsia da próstata.
O Dr. Silvio explica ainda que o exame de toque não é um exame imprescindível para a detecção, mas com grande importância. “Quando o paciente realiza exames todos os anos, o urologista é capaz de identificar a suspeita de um câncer na próstata sem o toque retal. Contudo, quando existir a suspeita o toque é fundamental para confirmação da doença”, observa.
Os tratamentos variam de acordo com a fase do tumor e as características do paciente. Nos estágios iniciais (tumores localizados e localmente avançados), cirurgia, radioterapia ou até observação monitorada podem ser realizadas. Se for necessária a cirurgia, o urologista decidirá junto ao paciente qual é opção, que podem ser feitas de três formas: aberta, via laparoscópica ou por robótica. As duas últimas com incisões menores na pele. Já para os tumores avançados, há o tratamento hormonal, no qual através de medicamentos os médicos tentam bloquear a progressão da doença.
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