Ferramenta COVIData classifica casos suspeitos e dos não suspeitos da doença e possibilita mapeamento da pandemia nas sete cidades
Texto: Rodolfo Albiero – Crédito-foto: Divulgação/Consórcio ABC
Da Redação – A Universidade Federal do ABC (UFABC) apresentou nesta segunda-feira (20/4), durante assembleia extraordinária do Consórcio Intermunicipal Grande ABC realizada por meio de videoconferência, um aplicativo para acompanhar o andamento da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) nas sete cidades.
A ferramenta, chamada COVIData, ainda está em fase de testes e será usada em ações regionais realizadas pelo Consórcio ABC. A previsão é que o sistema esteja disponível para a população a partir da próxima semana.
A plataforma tem como objetivo a classificação de casos suspeitos e não suspeitos de Covid-19. Por meio de um questionário disponível no aplicativo, é possível coletar informações como sintomas de saúde do cidadão e sua localização, entre outras, para a análise doença na região. O cadastro na plataforma permite o monitoramento continuado do paciente.
O presidente do Consórcio ABC e prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão, destacou que o aplicativo é um exemplo da importância da atuação das universidades em benefício da sociedade, pois possibilita mapear a doença nas sete cidades. “É uma ferramenta fundamental para colocarmos em prática nosso protocolo de ação na região e conseguirmos mais eficiência nas iniciativas realizadas”, afirmou.
O reitor da UFABC, Dácio Matheus, ressaltou que o Consórcio ABC tem sido um parceiro importante da universidade desde o início da pandemia. “Sem informações científicas nós caminhamos no escuro. A academia está a serviço do bem comum e da nossa população”, afirmou, destacando que essa é uma das 52 iniciativas que a instituição de ensino desenvolve para o combate à Covid-19.
Coordenadora do projeto, idealizado juntamente com os alunos da universidade, a professora Fernanda Almeida explicou que o COVIData foi idealizado com o objetivo de otimizar o processo de triagem dos casos de Covid-19. A partir das perguntas disponíveis no aplicativo, o sistema vai mapear pessoas e classificá-las em três grupos: aquelas que não são suspeitas de estarem contaminadas, os casos com sintomas leves, e que podem estar contaminadas ou não, e as pessoas que apresentem sintomas mais típicos da doença.
Desta forma, a ferramenta realiza um monitoramento da localização geográfica da dispersão de casos na região, possibilitando identificar os locais com maior concentração de casos nas sete cidades, e assim antecipar ações e otimizar o uso dos recursos de saúde, especialmente os hospitalares.
“O aplicativo consegue captar a dispersão geográfica da Covid-19 e passar o conteúdo para as secretarias municipais de Saúde direcionarem as ações de controle da doença”, explicou a professora da UFABC.
O vice-presidente do Consórcio ABC e prefeito de Diadema, Lauro Michels, ressaltou que a ferramenta será muito importante para auxiliar nas estratégias dos municípios durante a pandemia. “A projeção de óbitos na nossa região preocupa muito todos os prefeitos”, afirmou Michels, após citar a estimativa de que as sete cidades podem contabilizar 450 mortes devido novo coronavírus até o fim deste mês. O estudo, realizado pelo ABC Dados, foi divulgado nesta segunda-feira pelo Diário do Grande ABC.
O COVIData conta com um sistema totalmente adaptável para receber novas funcionalidades. A plataforma pode ser acessada pelo computador ou pelo navegador do celular sem necessidade de nenhum software adicional. A partir de seu lançamento, previsto para o dia 29 de abril, o Consórcio ABC e as prefeituras da região farão uma campanha de divulgação do sistema, incentivando os munícipes a preencherem seus dados.
Também participaram da videoconferência os prefeitos de Santo André, Paulo Serra, de São Bernardo do Campo, Orlando Morando, de São Caetano do Sul, José Auricchio Júnior, de Mauá, Atila Jacomussi, e de Ribeirão Pires, Adler Teixeira – Kiko, além do secretário-executivo do Consórcio ABC, Edgard Brandão e os diretores da entidade regional.
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