Maior que a tristeza de não haver vencido é a vergonha de não ter lutado! Rui Barbosa.
* Da Redação – Para celebrar o aniversário de 95 anos da Semana de Arte Moderna, a TV Cultura leva ao ar uma programação especial. Entre sábado (11/2) e sexta-feira (17/2), serão exibidos documentários que relembram as transformações culturais do período e frisam a importância de figuras que marcaram o movimento, como Heitor Villa-Lobos, Oswald de Andrade, Menotti Del Picchia, Victor Brecheret e Mário de Andrade. As atrações vão ao ar às 23h15 e à 00h no sábado (11/2) e no domingo (12/2), respectivamente, e à 1h nos demais dias da semana.
Acompanhe a programação:
Sábado (11/2), às 23h15
Para dar início às comemorações, a TV Cultura leva ao ar o documentário A Semana de Arte Moderna. Em uma época na qual mulheres usavam luvas e chapéus e homens iam de smoking ao Theatro Municipal, uma turma de jovens resolveu quebrar padrões. Em 1922, esses artistas de classe média alta, antenados com os movimentos culturais europeus, fizeram sua própria revolução. Foi então que teve início um dos marcos da nova arte brasileira: a Semana de Arte Moderna. O programa especial reúne o melhor do arquivo da TV Cultura e destaca os principais fatos, personagens, atos e efeitos do movimento, com depoimentos históricos de Menotti Del Picchia.
Domingo (12/2), à 00h
A história do músico Heitor Villa-Lobos é a atração deste domingo no documentário Bachianas Brasileiras – Meu Nome é Villa-Lobos, à meia-noite. O gosto pela música desde a infância era muito claro para o artista. Pelas mãos de seu pai, ele aprendeu a tocar clarinete, piano e violino. Quando adulto, resolveu se inscrever no concurso de harmonia e composição, mas sua música não foi aceita por fugir dos padrões pré-estabelecidos da época. O filme conta algumas passagens das dificuldades que encontrou no decorrer desta trajetória e traz depoimentos de amigos que conquistou ao longo da vida.
Segunda-feira (13/2), à 1h
Na segunda-feira, o documentário Miramar de Andrade conta a história do escritor Oswald Andrade. Com depoimentos de amigos, familiares, escritores e poetas, como Augusto de Campos, Décio Pignatari, Haroldo Campos e Antônio Candido, a edição destaca as principais obras e influências do artista, além de reconstituir a essência de suas ideias, marcadas pelo pseudônimo que dá título à obra.
Terça-feira (14/2), à 1h
Menotti Del Picchia também tem sua história narrada em um longa que começa nos jardins de sua casa, na Avenida Brasil, onde viveu por aproximadamente 50 anos. Foi neste local que o artista conviveu com os amigos modernistas e onde ele relembra os ideais da Semana de 22 e toda a saudade dos companheiros da época. Del Picchia fala ainda de marcos de sua carreira: ‘‘eu penso que o meu momento mais feliz foi quando escrevi Juca Mulado”, afirma. O poema clássico vendeu mais de 40 milhões de exemplares no Brasil, Alemanha, Itália, Espanha, França e Polônia.
Quarta-feira (15/2), à 1h
O documentário Victor Brecheret faz uma retrospectiva da vida e da obra do escultor, revelando sua trajetória desde o difícil começo na Europa, passando por sua participação no movimento modernista de 1922 e pelo relacionamento com amigos famosos como Bourdelle e os brasileiros Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Antônio Gomide, até o reconhecimento de seu talento e da importância de sua obra. Além de depoimentos como o da viúva de Brecheret, Juranda, da filha Sandra, e da atriz Maria Della Costa, o documentário traz imagens de algumas das obras mais representativas do artista, como o Monumento às Bandeiras.
Quinta-feira (16/2), à 1h
A TV Cultura faz mais um passeio pela trajetória de Mário de Andrade em um documentário que mostra os vários aspectos da vida e da personalidade do escritor. O escritor Rubens Borba de Moraes, que participou da Semana de Arte Moderna, dá destaque à obra Macunaíma e conta como se sentiu no Rio de Janeiro, onde foi lecionar filosofia e história da arte na Universidade Federal e organizar o patrimônio histórico nacional. O depoimento do crítico de arte Antônio Bento Alves também abre espaço para que sejam mostradas as diversas interpretações da história: na arte, por Tarsila do Amaral e Pedro Nava; no cinema, por Joaquim Pedro de Andrade; e, no teatro, por Antunes Filho.
Sexta-feira (17/2), à 1h
Piano e Ganzá – O Mundo Musical de Mário de Andrade mostra a relação do escritor com a música, destacando como a expressão musical desencadeia e influencia sua obra e vida. Além disso, também explora o acervo do autor, dando ênfase à conservação dos discos particulares, cadernetas de campo, fotografias, filmes e uma série de objetos, inclusive instrumentos musicais, entre eles, o piano e o ganzá. Neste programa será possível conhecer ‘‘outros Mários’’, desconhecidos do grande público: o Mário professor de piano; o fotógrafo e colecionador; o crítico de música; e o interlocutor transpondo as barreiras existentes entre o popular e o erudito e transformando-as em material de criação e memória.
- RODA VIVA – O psicanalista e escritor Contardo Calligaris é o entrevistado do Roda Viva desta segunda-feira (13/2). Apresentado por Augusto Nunes, o programa inédito vai ao ar ao vivo, às 22h, na TV Cultura. De origem italiana, Calligaris conta com mais de cinco livros publicados e uma imensa coletânea de textos que se tornaram referencia nacional quando o assunto é psicanálise. No centro do Roda Viva, ele falará sobre características e patologias da sociedade contemporânea, cultura, política brasileira e as mudanças no cenário mundial, além de outros assuntos voltados à linha dos temas de sua coluna semanal no jornal Folha de S.Paulo.
- TURISMO SEXUAL NÃO LEGAL – – O Ministério do Turismo e a Secretaria Nacional dos Direitos Humanos vão lançar na próxima terça-feira (14) campanha nacional de combate à violência contra crianças e adolescentes no Carnaval. A apresentação das ações de sensibilização será feita às 14h30 com a participação do ministro Marx Beltrão e da secretária Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Claudia Vidigal. Na ocasião serão apresentados os últimos dados do Disque 100 sobre denúncias de exploração e/ou abuso sexual de crianças e adolescentes. Até a próxima!
Os horários dos documentários em comemoração aos 95 anos da semana de arte moderna poderiam ser mais acessíveis. Às 20h ou 21h. Nesse horário fica bem difícil acompanhar esse conteúdo que gera tanto interesse. É uma pena.