Tucanos dizem que o impeachment se fortalece com apoio da maioria dos brasileiros e da OAB

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Da Redação – Deputados do PSDB destacaram nesta segunda-feira (21) que o amplo apoio social ao impeachment de Dilma Rousseff, assim como a adesão de  importantes instituições, como a OAB, fortalecem e legitimam cada dia mais o processo de impedimento da presidente. Há, ainda, uma percepção de que as adesões reflitam positivamente na votação do processo no Congresso Nacional.

Em decisão tomada na sexta-feira, a Ordem dos Advogados do Brasil declarou publicamente apoio à causa. No fim de semana, em entrevista ao jornal “O Estado de S.Paulo”, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu taxativamente o processo contra a petista. De acordo com pesquisa Datafolha, 68% dos eleitores são favoráveis ao afastamento dela pelo Congresso Nacional. Também houve um salto, de 58% para 65%, no total dos que acham que Dilma deveria renunciar à Presidência.

Marco Tebaldi (SC) afirma que todo o cenário para o impedimento de Dilma está sendo desenhado. “Tanto a opinião pública quanto a decisão da OAB legitimam o processo que está instalado na Câmara. Assim como o FHC, não vejo outra saída. Hoje o caminho que se tem é este: a Câmara prosseguir com o pedido, e no máximo dia 13 ou 14 de abril nós votarmos pelo afastamento dela”, explica o deputado.

Segundo Fernando Henrique, o impeachment é a única saída para as crises política e econômica. Para ele, diante da incapacidade de Dilma fazer o governo funcionar, o caminho é o impeachment. “Se eu bem entendi, foi isso que as ruas gritaram”, disse o ex-presidente ao Estadão. Conforme Tebaldi, além de toda a base jurídica do processo em análise na Câmara, o impedimento é um clamor da sociedade. “É o som das ruas. Se o país quiser se reorganizar na economia, na política, na ética e na moral, não tem outro caminho senão a saída da presidente”, avalia.

No mesmo sentido, a Ordem dos Advogados do Brasil passou a apoiar, publicamente, o impeachment, após decisão tomada na sexta-­feira (18) pelo Conselho Federal da entidade com 26 votos favoráveis e apenas dois contrários. A diretoria da OAB avalia agora se apresenta um novo pedido ao Congresso, se apoia o que está em análise na Câmara, ou as duas opções.

Lobbe Neto (SP) destaca que a sociedade quer o fim do governo e ressalta que o apoio da OAB tem um peso muito importante, pois a entidade desencadeou o processo de impeachment do ex-presidente Fernando Collor. O tucano acredita que o apoio formal de outras entidades deve surgir nos próximos dias.

O tucano rechaça as acusações de que o impeachment seria um golpe. “Falam muito de golpe, mas quem quer dar o golpe é o PT, querendo proporcionar ao Lula um terceiro mandato sem eleição, para que ele mande em tudo. Isso sim é um golpe contra o TSE e as instituições desse país. Eles querem dar um golpe nas instituições para se perpetuar no governo”, aponta.

Para o 1º vice-líder do PSDB na Câmara, deputado Daniel Coelho (PE), o alto percentual de brasileiros que apoiam o impeachment refletirá em votação favorável ao processo que tramita na Câmara. “Esse percentual de apoio da população ao impeachment de Dilma refletirá nos políticos. Por isso, acredito que o processo está maduro na Câmara. Talvez fiquem contra três partidos, que fazem uma defesa irracional do governo, que são o PT, PSOL e o PC do B. Na minha opinião, o impeachment vai acontecer. Não há mais outro caminho”, apontou. Da tribuna, na noite desta segunda-feira, Daniel disse que o “gigante acordou”. Para ele, é fundamental a continuidade da pressão popular nas ruas e nas redes sociais.

“Não resta outro caminho para esta Casa senão estar sintonizada com a sociedade e decretar o fim desse desastroso governo, que trouxe a maior crise dos últimos 25 anos. Cada um deve pensar bem e se posicionar a favor da perspectiva que hoje largamente predomina na sociedade brasileira”, disse o deputado Marcus Pestana (MG) ao classificar de “marcantes” os apoios do Conselho Federal da OAB e os números revelados pela OAB.

A presidente Dilma tem o prazo de dez sessões da Câmara para entregar a defesa na comissão especial do impeachment. Na sexta-feira (18) houve a primeira sessão. “Já estamos, segundo os nossos cálculos, passando dos 342 votos favoráveis ao impeachment. Mas eu tenho a certeza, com 25 anos de experiência nesta Casa, tendo participado do impeachment de Collor, de que nós chegaremos a 400 votos. Até o dia 21 de abril, estaremos eliminando este que é o pior governo da história do Brasil”, disse o deputado Luiz Carlos Hauly (PR) da tribuna.

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