Da Redação – Inúmeras são as razões que podem levar alguém a escrever um livro, desde o gosto pela literatura até a vontade de contar uma história real de superação. Também há os profissionais que elaboram obras didáticas sobre suas áreas de atuação, como professores, especialistas em informática, advogados, entre outros. Escrever, nesses casos, até pouco tempo, poderia ser considerada a parte mais fácil do processo, se comparada com a possibilidade de publicação das obras, que, tradicionalmente, dependem da análise por parte das editoras e da aceitação do mercado. Mas este cenário está mudando.
Atualmente, diversas plataformas da internet possibilitam a autopublicação. É o caso do “Nossos Autores” (www.nossosautores.com.br), mantido pela Sesi-SP Editora, que permite aos escritores a publicação gratuita de suas obras. Os sites também possuem cadastros de profissionais especializados em serviços editoriais, para autores que tem intenção e condições de investir em suas criações literárias. A tecnologia está promovendo uma verdadeira democratização da cultura.
Um exemplo de quem já aproveita a tecnologia para divulgar seus trabalhos literários é o jornalista e, agora, escritor independente, Frank Neres, que mora em São Bernardo do Campo. Ele publicou um livro de contos intitulado “Mundo sem fim” pela plataforma Nossos Autores e diz que está satisfeito com o resultado. “Escrevo há muitos anos, mas, antes dessas possibilidades que a internet tem trazido, no sentido de dar espaço para novos trabalhos, nunca imaginei ter um livro publicado. Hoje, está tudo ao nosso alcance, basta ter iniciativa para aproveitar as oportunidades”, afirmou.
Em “Mundo sem fim”, o autor apresenta sete contos que tem como pano de fundo o fim do mundo, revelando as atitudes e os sentimentos contraditórios dos seres humanos diante de situações adversas. “Meu intuito foi criar histórias que causassem reflexões acerca da vida que levamos, seja qual for. Ela faria sentido se tudo acabasse neste exato momento? É um questionamento que me faço e que reproduzi por meio do livro. Se tiver alcançado esse objetivo, já ficarei satisfeito”, declarou Neres.
Pelo sistema de autopublicação, os próprios autores são responsáveis por gerenciar os direitos autorais de suas obras, escolhendo o valor que desejam receber por cada título vendido. Assim como aconteceu com a mercado fonográfico, o cenário editoria brasileiro está passando por uma fase de transição. Os prós e contras ainda vão precisar de algum tempo para serem avaliados.
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