Texto: Mark Ribeiro – Crédito-foto: Junior Camargo (PMSCS)
Da Redação – Criada há 23 anos nos Estados Unidos e desde 2004 no Brasil, a Pharmedic Phamaceuticals, especializada na importação de próteses e medicamentos para doenças raras, inaugurou a sua filial em São Caetano do Sul em 2017. Com todo o apoio recebido da Prefeitura, de orientações à rapidez para a obtenção de licenças, neste ano trouxe para a cidade a sua matriz no País, que funcionava em São Paulo.
Este é apenas um dos diversos exemplos de empresas que estão procurando São Caetano do Sul para se estabelecer. Razões para isso são muitas. Melhor cidade do Brasil para investir em negócios (segundo estudo da consultoria Urban Systems divulgado em outubro), o município ostenta também o melhor IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do País; possui estreitamento com as universidades locais, localização privilegiada e rede hoteleira em expansão.
Destaque, ainda, para a excelência na prestação de serviços públicos e para a vitalidade econômica. Mas, há um outro fator essencial: enxergar o empresário como um parceiro da cidade, o que resulta na desburocratização para a abertura de empresas.
“Trazer a nossa matriz para São Caetano foi uma operação que só se tornou possível graças ao apoio e à celeridade da Vigilância Sanitária na concessão das licenças, além de orientações sobre os vários procedimentos que envolvem uma mudança como essa”, afirma a farmacêutica responsável técnica da Pharmedic Pharmaceuticals, Renata Oliveira.
Relatos como o de Renata foram comuns durante o Encontro com Empresários da Saúde, realizado na manhã desta quarta-feira (11/12), no Atende Fácil, com organização das secretarias de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Turismo, Tecnologia e Inovação (Sedeti) e de Saúde – mais de 40 pessoas participaram.
“Escolhi São Caetano porque encontrei facilidades e recebi todas as diretrizes para obter as licenças junto ao município, ao Estado e até à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Aqui, em seis meses já estava com tudo regularizado. Em outros lugares, esse tempo seria de, em média, dois anos e meio, o que inviabiliza muitos negócios”, recorda Alexandre Rojas, proprietário da E-Fit, academia que traz um conceito moderno ao Brasil, de exercícios físicos combinados à eletroestimulação muscular. “Os resultados aparecem muito mais rápido: 25 minutos de exercícios equivalem a 90 minutos de treino intenso”, garante Rojas.
“Por que o órgão regulador não pode conversar com o órgão regulado? É assim, juntos, que avançamos e conquistamos os objetivos. A chegada e o crescimento das empresas contribuem significativamente para o desenvolvimento econômico de São Caetano do Sul”, destaca o coordenador municipal de Vigilância Sanitária, Danilo Sigolo, responsável pelo contato direto com os empresários da Saúde. “Damos todo o suporte técnico e operacional”, resumiu a secretária municipal de Saúde, Regina Maura Zetone.
“Essa é a ordem certa: orientação no início para evitar a coerção depois. Em alguns lugares, essa ordem se inverte, o que gera punições às empresas, como multas. Mas São Caetano é diferente. Agora, a nossa empresa está em processo de se tornar indústria farmacêutica”, celebra Renata Oliveira, da Pharmedic Pharmaceuticals.
No encontro, o secretário da Sedeti, Fernando Trincado, apresentou o atual cenário econômico da cidade, com aumento no número de empresas e de postos de trabalho. São Caetano possui mais empregos formais (111.174) do que população economicamente ativa (aproximadamente 100 mil pessoas), segundo dados de setembro do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
“O principal objetivo dessa network é organizar a economia da cidade por meio dos setores. E o da Saúde é um dos que mais tem investido em São Caetano nos últimos anos, com empresas de perfil tecnológico e de inovação”, constatou Trincado. “Temos condições de sermos melhores do que o Vale do Silício”, concluiu o presidente do Itescs (Instituto de Tecnologia de São Caetano do Sul), Luiz Schimitd, em referência à região americana famosa pela concentração de startups e empresas de tecnologia.
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