Da Redação – O seminário “O Ecossistema de Inovação do Grande ABC” debateu, nesta quinta-feira (22), oportunidades para a promoção da inovação tecnológica na região. Promovido pelo Consórcio Intermunicipal Grande ABC, o evento contou com a participação de representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, do governo do Estado e de secretários municipais de Desenvolvimento Econômico.
Para uma maior eficiência da promoção da inovação tecnológica é necessária a união entre uma série de políticas públicas, ressaltou Públio Vieira Valadares Ribeiro, coordenador de Empreendedorismo do Ministério da Ciência. “Atualmente, o Brasil está na contramão do desenvolvimento em nível mundial, graças a uma economia com forte presença da exportação de commodities e com baixa intensidade tecnológica. Como o país está desindustrializado, isso impacta o ABC, um dos polos industriais nacionais”, afirmou Ribeiro.
Com uma legislação moderna de incentivo à inovação tecnológica, o desafio é colocar as iniciativas em prática, avaliou o coordenador do Ministério da Ciência. Entre os principais instrumentos de financiamento voltados para a área, citou o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), a Lei do Bem (Lei 11.196/2005), que concede às empresas que investem em pesquisa, o Programa Nacional de Apoio a Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas (PNI) e a Associação Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII).
Públio Ribeiro defendeu a necessidade de uma visão empresarial e de forte articulação institucional para reforçar a política de promoção da inovação tecnológica. “Uma das ações que precisamos colocar em prática é aumentar a aproximação entre os pesquisadores que hoje estão nas universidades e as empresas privadas”, disse.
O diretor do Centro de Empreendedorismo Inovador da Fundação Certi, Leandro Carioni, apresentou a experiência desenvolvida pela instituição no Sapiens Parque, polo de inovação localizado em Florianópolis (SC). “O ecossistema de inovação depende de trocas, simbiose e equilíbrio. Por esse motivo, os parques tecnológicos contam com a participação das universidades e das empresas de tecnologia da cidade e de outros locais, facilitando a existência de programas de cooperação em torno de objetivos comuns”, explicou Carioni.
O trabalho desenvolvido pela Investe São Paulo, vinculada ao Governo do Estado, foi detalhado pelo gerente de investimentos Renato Barros. “A agência tem como missão desenvolver o Estado de São Paulo por meio da promoção de investimentos, aumento das exportações, incentivo à inovação e melhoria do ambiente de negócios”, disse Barros.
Ações conjuntas – Durante a abertura do seminário, o coordenador do Grupo de Trabalho (GT) Desenvolvimento Econômico e titular da pasta em São Caetano do Sul, Silvio Minciotti, destacou que são imprescindíveis ações conjuntas entre os sete municípios para o desenvolvimento do ecossistema de inovação no ABC.
“Não é possível que cada munícipio cogite desenvolver políticas públicas eficientes de forma isolada, por isso precisamos pensar e agir juntos. Quando falamos em ecossistema estamos abrangendo toda a nossa região, com o envolvimento de cada um dos municípios”, afirmou Minciotti. O coordenador do GT disse ainda que a articulação regional realizada pelo Consórcio dá força para as cidades enfrentarem os desafios da inovação tecnológica, por meio de sinergias.
A mesa de abertura do evento foi composta também pelo diretor Jurídico do Consórcio, Uriel Aleixo, pelo secretário de Desenvolvimento e Geração de Empregos de Santo André, Ailton Lima, e por José Dourado, assessor especial do prefeito de Diadema, Lauro Michels.
O seminário contou ainda com um painel para discutir potenciais, vocações e tendências de desenvolvimento da região, moderado pelo secretário ajunto de Desenvolvimento de Santo André, Evandro Banzato. Participaram do debate o gerente de Relações Institucionais da Braskem, Flávio Chantre; o presidente do Instituto de Tecnologia de São Caetano do Sul (ITESCS), Benicio José de Oliveira Filho; a coordenadora da Agência de Inovação da Universidade Federal do ABC (UFABC), Anapatrícia Vilha; a coordenadora do curso de Design do Instituto Mauá de Tecnologia, Claudia Facca; o secretário executivo da Agência de Desenvolvimento do Grande ABC, Giovanni Rocco; e o coordenador de projetos da Fundação Certi, Cleber Borba Nascimento.
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