Da Redação – O debate sobre ações para reduzir as diferenças, por meio da inclusão escolar, marcou o Seminário de Educação Inclusiva da Região ABCDMRR, realizado na noite de quarta-feira (5) na Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Promovido em parceira com o Grupo de Trabalho Educação do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, o evento discutiu como transformar as escolas públicas brasileiras em espaços inclusivos e de qualidade, valorizando as diferenças socioculturais.
O encontro reuniu alunos dos cursos de Pedagogia e de mestrado em Educação da instituição, além de profissionais das redes municipais de ensino da região. Na mesa de abertura, a pró-reitora de pós-graduação e pesquisa da USCS, Maria do Carmo Romeiro, destacou a participação dos representantes municipais envolvidos na inclusão escolar. “A educação inclusiva é uma discussão importante e delicada, pois trata da diferença com o olhar da igualdade”, afirmou.
Representando o presidente do Consórcio e prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, a secretária-adjunta de Educação do município, Stella Chicchi, defendeu a troca de experiências entre os professores das cidades da região, assim como a parceria entre escolas e universidades, como iniciativas para progredir nesta temática. “Ainda há muito para avançar. Debater as preocupações e os desafios contribui para diminuir as diferenças e para construir uma cidadania plena”, disse.
Membro do GT Educação, o professor Paulo Garcia, da USCS, disse que a inclusão deve ser encarada como responsabilidade de todos, explicando que as primeiras discussões em torno das diferenças nas escolas surgiram na década de 1960, com as primeiras teses sobre a origem social e o impacto na educação. “Este evento foi proposto para trazer essa discussão para a academia, pois muitas escolas ainda não sabem lidar com o tema”.
Entre as iniciativas regionais que tratam da temática, a coordenadora do GT Educação, Diana de Morais, citou o Plano Regional de Educação (PRE), ressaltando que o ABC é a única região do país que possui um documento deste gênero, elaborado com a participação de 400 delegados de ensino. “A educação é a dinâmica que nos faz ficar vivos”, afirmou.
A coordenadora do Grupo Temático Educação Inclusiva, Deigles Giacomelli Amaro, classificou os alunos de pedagogia como fundamentais para melhorar o sistema de ensino. “A transformação do sistema de educação está na mudança do olhar dos profissionais da área em relação aos alunos. Não existem alunos de inclusão, mas alunos com direito à educação”, declarou.
O evento contou ainda com apresentações sobre as características dos municípios da região em termos de população, escolas, alunos e estrutura de recursos humanos, entre outros dados. Também foi resgatado o histórico da educação inclusiva em cada cidade, particularidades das redes municipais e os principais desafios atuais da educação inclusiva.
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