Semana Nacional de Museus celebra 1968 em atividades gratuitas na Estância

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Da Redação – A Prefeitura da Estância Turística de Ribeirão Pires, por meio do Centro de Exposições e História “Ricardo Nardelli”, ligado à Secretaria de Turismo e Desenvolvimento Econômico, realizou série de atividades gratuitas durante a 16ª Semana Nacional de Museus, entre 14 e 20 de maio. A temática proposta para a programação deste ano foi os “50 anos de 68”, período de importantes transformações para o Brasil e o mundo, seguindo a proposta “Museus hiperconectados: Novas abordagens, novos públicos”, definida pelo Ibram – Instituto Brasileiro de Museus.

“Seguindo a proposta do IBRAM, este ano decidimos incluir na programação performances artísticas, exibição de filme e audições coletivas. São novos tipos de atividades praticadas pelo Museu, para ampliarmos o público atingido. Ribeirão Pires foi a cidade com maior número de atividades propostas durante a Semana na região do Grande ABC”, explicou o diretor de patrimônio cultural, Marcílio Duarte.

A programação da 16ª Semana Nacional de Museus, em Ribeirão Pires, marcou o reencontro do renomado Grupo Tefel – Teatro Felício Laurito, pioneiro do teatro no município, fundado por estudantes secundaristas do Ginásio Felício Laurito, durante o período da Ditadura Militar no País, em 1968. O reencontro, realizado na última quinta-feira, dia 17, foi marcado pelas presenças de Cecília Ribeiro, Ednaldo Freire, Isaías Gomes, José Camargo, Vera Camargo, todos ex-integrantes e fundadores do emblemático e mais importante grupo teatral da cidade.

A programação também contou com a performance “Cidades Hiperconectadas: Onde existimos?”, apresentada pelos monitores da Escola Municipal de Teatro de Ribeirão Pires. A performance fez alusão ao livro Guerra e Paz na Aldeia Global, abordando a evolução da sociedade por meio da tecnologia e suas consequências como o consumismo e a alteração da percepção da própria imagem.

Em seguida, foi realizada a palestra “50 anos de Guerra e Paz na Aldeia Global”, ministrada pelo diretor de patrimônio, Marcílio Duarte, abordando os principais pontos da importante obra do escritor Marshall McLuhan.

O autor cravou o termo “aldeia global”, em 1968, para definir o que viria a ser a internet, inventada e utilizada como experiência laboratorial somente em 1969. Para McLuhan, essa nova tecnologia seria capaz de provocar mais descontinuidades, diversidades e divisões do que em outras épocas da nossa sociedade.

Também fez parte da programação da 16ª Semana Nacional de Museus na Estância a audição coletiva e debate sobre as principais canções do icônico LP White Álbum, dos Beatles. A obra conseguiu sintetizar o conturbado ano de 1968.

O ano de 1968 – O contexto no País, em 1968, era o Regime Militar, o decreto do AI5 – Ato Institucional nº 5, a ascendência da Tropicália e a Marcha dos 100 contra a ditadura, com a mobilização dos jovens nas artes e na política. No mundo, o contexto era a Guerra Fria entre países de sistemas capitalista e socialista, o assassinato de Martin Luther King, a mobilização política dos jovens na Primavera de Praga contra o comunismo e a Greve de Maio, na França, entre outros acontecimentos.

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