As cinco melhores equipes vão garantir classificação para o Mundial de Liverpool
Da Redação (SP) – Depois de viver fortes emoções no Campeonato Pan-Americano no ano passado, a Seleção Brasileira de Ginástica Artística Feminina volta ao Parque Olímpico da Barra, no Rio de Janeiro (RJ), para a edição 2022 do evento, cuja competição adulta começa nesta sexta-feira.
Na Arena Carioca 1 estará em jogo a classificação de cinco equipes de cinco atletas cada para o Mundial de Liverpool, que começa no final de outubro. As 11 melhores atletas no individual geral, levando-se em conta os países não classificados por equipes, também se garantem no evento na Inglaterra. No Pan de 2021, realizado também no Rio de Janeiro, o Brasil ficou em primeiro lugar.
O Coordenador da Seleção de Ginástica Artística Feminina, Francisco Porath, divulgou os aparelhos em que cada ginasta vai atuar depois do treinamento de pódio. Carolyne Pedro, Christal Bezerra, Flávia Saraiva e Julia Soares vão competir nos quatro aparelhos, enquanto Rebeca participará do salto, paralelas assimétricas e trave de equilíbrio. Lorrane Oliveira será a reserva.
“Usamos como critério a experiência delas nos aparelhos, as notas de dificuldade e a execução, tendo por base as avaliações que foram feitas. A Julia, por exemplo, nós a colocamos por último no salto, porque o dela é mais simples. Por outro lado, ela tem um solo muito bom, o que é muito importante para a equipe”, explicou Porath.
O treinador explicou ainda como vai se afunilando o caminho até que se chegue à convocação final. “As convocações são feitas em estágios de treinamento maiores. E existe um último de preparação, que como o evento acontece no Brasil, fizemos no Centro de Treinamento. E desse grupo maior a gente escolhe sete, oito atletas para seguir. Quando entramos na competição, vamos com as seis, sendo cinco principais e uma reserva”, detalhou.
O Pan será mais uma oportunidade para a torcida brasileira acompanhar o desenvolvimento de talentos como Julia Soares. Aos 16 anos, ela já vai para seu segundo Pan adulto. “Este é o meu segundo ano pela categoria adulta, e meu segundo Pan também. No ano passado competi aqui, e tive a grande honra de homologar um elemento com o meu nome. Estar aqui novamente, tendo mais uma experiência competindo pelo Brasil, é muito gratificante. Poder mostrar o meu talento e o esforço de toda a nossa equipe é algo especial”, disse a jovem curitibana.
O “Soares”, que faz parte do código de pontuação da Federação Internacional de Ginástica, é uma forma inovadora de entrada na trave. Julia faz uma versão do “candle mount” (entrada em vela). Nesse tipo de entrada, a ginasta utiliza um trampolim para saltar em direção à lateral da trave em posição esticada. A inovação apresentada pela paranaense é uma meia pirueta executada nesse salto.
A ginasta faz questão de relembrar o feito do ano passado. “Foi uma conquista grande para mim e para os meus treinadores. Houve muito treino e trabalho envolvido. Poder mostrar para o mundo todo esse elemento novo é gratificante”, disse Julia.
Rebeca Andrade, que conquistou sua vaga olímpica no Pan do ano passado, também procurou transmitir o que se passa em sua cabeça às vésperas de entrar em ação na competição. “Amo competir em casa, a sensação de fazer isso diante de nossa torcida é bem diferente. Só espero estar bem para poder fazer o meu melhor e conseguir passar muita energia positiva para nossas companheiras, de forma que nossa equipe consiga o melhor resultado possível”.
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