Da Redação – De cada 100 pessoas que contraem o vírus da hepatite C, mais de 85 poderão ficar com a forma crônica da doença, sob risco de desenvolverem cirrose ou câncer de fígado.
Não existe vacina contra a hepatite C, mas existe tratamento que cura 95% dos casos – quanto mais cedo for feito o diagnóstico, maior a chance de cura. O importante é fazer logo o teste, que é oferecido gratuitamente em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de São Caetano do Sul. Já contra a hepatite B existe vacina, e ela está disponível também em todas as UBSs do município.
Para levar essas informações à população e conscientizá-la da necessidade de se prevenir contra a hepatite, a Prefeitura de São Caetano do Sul aderiu à campanha Julho Amarelo, promovida pelo Ministério da Saúde. “É fundamental que a população aproveite essa oportunidade para se proteger”, diz o médico Jorge Senise, infectologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e coordenador do Cepadi (Centro de Prevenção e Assistência às Doenças Infectocontagiosas) de São Caetano.
Em caso positivo no teste para hepatite, o paciente é encaminhado ao Cepadi para a realização de um teste mais específico e a confirmação do diagnóstico. O próprio Cepadi se encarrega do tratamento, gratuito, que dura cerca de 12 semanas.
Conheça os tipos mais comuns de hepatite e como se prevenir
Hepatite A: é transmitida pela ingestão de água e alimentos contaminados por fezes de pessoas infectadas. Por isso, está ligada diretamente ao saneamento básico. São Caetano tem 100% da água tratada e 100% do esgoto coletado (tendo conquistado o 1º lugar do ABC no ranking de saneamento da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental). Por isso, dentro da cidade é menor o risco de contaminação. Mas a cidade de São Paulo viveu um surto de hepatite A no ano passado e também é grande o risco de contaminação no litoral, pois frutos do mar, como ostras e mariscos podem transmitir a doença se não forem bem cozidas. Por ter uma evolução geralmente benigna (o vírus é eliminado do organismo), a vacina contra a hepatite A não está entre as obrigatórias recomendadas pelo Ministério da Saúde. Ela pode ser encontrada na rede particular, inclusive associada à vacina para hepatite B.
Hepatite B: o vírus da hepatite B pode ser transmitido da mãe para filho (sobretudo durante o parto e amamentação), em relações sexuais desprotegidas e por sangue contaminado. A maioria das pessoas que contrai esse vírus se cura espontaneamente, mas 15% pode desenvolver a forma crônica e grave da doença. Além de usar preservativo nas relações sexuais e evitar o compartilhamento de objetos de uso pessoal, como lâminas de barbear e depilar, escovas de dente e material de manicure e pedicure, a vacinação é outra forma de se prevenir da doença. A vacina contra hepatite B também está disponível nas unidades básicas de saúde.
Hepatite C: o vírus da hepatite C é transmitido sobretudo pelo sangue contaminado. Por isso, as principais formas de contato são o compartilhamento de objetos de higiene pessoal, como escovas de dente, lâminas de barbear e depilar, alicates de unha ou outros objetos cortantes. Mas o vírus também pode passar da mãe para o filho, especialmente durante o parto, e, nas relações sexuais, principalmente quando há lesão nas mucosas em contato. Ainda não existe vacina contra hepatite C, daí a importância de realização do teste para identificar precocemente a doença e realizar o tratamento com maiores chances de cura.
Para mais informações: CEPADI – Centro de Prevenção e Atendimento às Doenças Infecciosas Telefone: 4229-3020. Endereço: Avenida Dr. Rodrigues Alves, 93 – Fundação. Horário de Atendimento: 2ª a 6ª feira – 8h às 18h
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