SA realiza primeiro concerto sinfônico didático com entidades assistenciais

Da Redação – Olhos atentos e curiosos encheram o Teatro Municipal de Santo André na tarde desta quarta-feira (9). A Secretaria de Cidadania e Assistência Social, em parceria com a Orquestra Sinfônica de Santo André (OSSA), realizou o primeiro concerto sinfônico didático para cerca de 300 crianças de 5 a 12 anos de escolas e instituições sociais do município.

Sob a batuta da regente assistente Natália Larangeira, os músicos abriram o evento ao som do contemporâneo e premiado compositor John Williams, com o tema do filme “Star Wars”. Mesmo sem anunciar qual seria a música, as crianças já reconheceram a peça. Em seguida, o maestro Abel Rocha mostrou a peça original utilizada no jogo “Five Nights”, a abertura da ópera Carmen (1875) de Bizet. Mas não foi só da platéia que os convidados assistiram ao concerto, o estudante Murilo Valveson, de 9 anos, subiu ao palco para reger o finale de William Tell Overture (1829), de Gioachino Rossini, utilizado em muitas animações para cenas de corridas de cavalos. “Eu achei muito legal porque assim eu tenho mais experiência com a música”, falou o jovem integrante do projeto Futuração, onde estuda violino há 3 anos. O pai de Murilo e professor no projeto, Douglas Leite, se orgulhou ao ver o filho regendo a OSSA. “É um incentivo para as crianças. No fundo elas querem estar lá [no palco], e isso aproxima os sonhos deles da realidade”, comentou.

Na sequência, seis crianças foram convidadas a ouvir a famosa “Cancan”, da opereta Orfeu no Inferno (1858), de Jacques Offenbach, sentadas entre os instrumentos. Uma delas era estudante Caroline Rodrigues de Oliveira, de 9 anos, integrante da Instituição Amélia Rodrigues. “Eu toco violão e achei muito legal conhecer outros instrumentos. Daqui o som é bem mais forte”. A orquestra ainda surpreendeu a todos ao tocar “Na sola da bota”, da dupla sertaneja Rionegro & Solimões, levando todos a bater palmas e bater o pé. Para finalizar o concerto interativo, os músicos fizeram um jogo rítmico com o público, em que a orquestra tocava, e a platéia fazia percussão corporal como acompanhamento.

A secretária adjunta de Cidadania e Assistência Social, Kenya Costa Carvalho, anunciou que até o final do ano outras instituições serão convidadas para essa experiência. “Queremos que as crianças venham para os concertos não só como ouvintes, mas que participem. Quem sabe, se vejam no futuro como músicos e que tenham acesso as atividades culturais diversas, que são importantes para a suas formações como cidadãos.”