Santo André e São Bernardo perderam juntas mais de 3 mil postos de trabalho na construção em 12 meses

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Da Redação – Entre novembro de 2016 e o mesmo mês do ano anterior a construção civil cortou 3021 postos de trabalho nas cidades de Santo André e São Bernardo do Campo, queda de 15,02% e 13,28%, respectivamente. Somente em novembro do ano recém-terminado, houve redução de 1,72% nas vagas em relação a outubro em Santo André, com o fechamento de 141 vagas. Já em São Bernardo, a redução foi de 1,90%, no mesmo período, com eliminação de 202 empregos.

O saldo de trabalhadores contratados nas sete cidades da região no penúltimo mês de 2016 ficou em 40.282 trabalhadores, contra 40.757 de outubro. Os destaques positivos de novembro foram Mauá e Ribeirão Pires, que registraram juntas crescimento de 40 trabalhadores contratados em novembro.

Os dados são da pesquisa realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), com base em informações do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE).

Emprego por cidades

(Novembro de 2016) *

Cidade Variação mensal (%) Variação absoluta do estoque
Diadema -1,59 -69
Mauá 0,82 32
Ribeirão Pires 0,84 8
Rio Grande da Serra -0,36 -1
Santo André -1,72 -141
São Bernardo do Campo -1,90 -202
São Caetano do Sul -0,82 -102

*Os dados da tabela consideram os fatores sazonais

Para a diretora da Regional do SindusCon-SP em Santo André, Rosana Carnevalli, o resultado de novembro continua refletindo as dificuldades enfrentadas no cenário nacional que apontam para a necessidade de adoção de medidas emergenciais para estimular a atividade do setor.

“Nossa expectativa é que as novas administrações municipais possam explorar o potencial da construção para alavancar seus projetos de governo. Há muito que fazer em todas as esferas e torcemos para que a alternância de poder nas cidades possa acelerar os primeiros passos rumo à recuperação”, afirma.

Em todo o país o nível de emprego na construção caiu 2,20% em novembro na comparação com outubro, a 26ª queda consecutiva. Em 12 meses o saldo negativo é de 437 mil postos de trabalho (-14,5%) deixando o estoque de trabalhadores no setor em 2,582 milhões. Em outubro de 2014, primeiro mês de queda, o estoque era de 3,57 milhões.

Nos primeiros onze meses do ano houve corte de 461.849 vagas. Desconsiderando efeitos sazonais*, foram fechadas 26.917 vagas em novembro (-1,04%). No Estado de São Paulo, em novembro, houve queda de 1,77% no emprego em relação a outubro – redução de 12,5 mil vagas. O estoque de trabalhadores foi de 707,1 mil em outubro para 694,6 mil em novembro. Desconsiderando a sazonalidade**, houve queda de 0,90% (-6.351 mil vagas).

O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) é a maior associação de empresas do setor na América Latina. Congrega e representa 650 construtoras associadas e 22,5 mil filiadas em todo o estado. A construção paulista representa 27,5% da construção brasileira, que por sua vez equivale a 5,3% do Produto Interno Bruto do Brasil.

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