Da Redação – A direção do sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano e a empresa general Motors enceraram na manhã desta segunda-feira (28) mais uma rodada de negociação sem, todavia, chegar a um acordo. A discussão visa a criação de um novo período de lay-off (suspensão temporária do contra de trabalho) para cerca de 1.200 trabalhadores da empresa.
O impasse ocorreu em função da insistência da empresa em retirar cláusula 42, da atual Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), referente à estabilidade no emprego em caso de acidentes de trabalho e de doenças ocupacionais. Outro ponto divergente diz respeito à proposta da empresa em reduzir o percentual de adicional noturno dos atuais 30% para 20%.
Segundo o presidente do sindicato, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, que na tarde de ontem realizou assembleia na porta da GM para falar aos trabalhadores sobre o andamento do processo de negociação, não há condição do sindicato voltar a negociar alguns pontos postos na mesa pela empresa. “Pontos polêmicos, como a retirada da cláusula 42, da CCT, e ainda a redução do adicional noturno foram descartados por nós e não há perspectiva alguma de voltarmos a discuti-los. Nesses quesitos a negociação está encerrada”, afirmou o dirigente.
Entre os andamentos já encaminhados durante a negociação iniciada no começo deste mês estão os itens sobre o reajuste da inflação nos salários. Em 2016 o valor integral do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) correspondente à inflação do período de acordo com a data-base da categoria será pago em forma de abono – metade no dia 20/04 e a outra metade no dia 12/08. No próximo ano, 70% da inflação serão reajustados nos salários, e os 30% restantes serão pagos em forma de abono no dia 20/04/2017.
A empresa se propõe ainda a efetuar o pagamento da primeira parcela da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) no dia 10/06, além de compensar o banco de horas trabalhando dois sábados por mês assim que o mercado apresentar aquecimento na venda de veículos fabricados pela montadora. O sindicato apresentou nova proposta sobre o período de lay-off, sendo de cinco meses prorrogáveis por mais cinco meses. O prazo para a decisão está reduzido, uma vez que os 30 dias a mais de lay-off concedidos pela empresa aos cerca de 1.200 trabalhadores vencem em 7 de abril.
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