Da Redação – Robert Scheidt segue entre os top 10 da Classe Laser. O esperado pódio não veio, mas figurar em 10º lugar em um Campeonato Mundial de alto nível e que reuniu 112 competidores mostra que o brasileiro segue no rumo certo para brigar pelo tricampeonato olímpico nos Jogos do Rio de Janeiro.
Nesta quarta-feira (18), em Puerto Vallarta, no México, ele não conseguiu repetir a regularidade da fase classificatória e ficou em 31º e 28º nas duas últimas regatas na competição. “Foi um dia ruim, mas temos que saber aprender com os erros e levantar a cabeça. Tem Olimpíada daqui a três meses e agora é se preparar para velejar bem no Rio de Janeiro”, disse.
O britânico Nick Thompson confirmou o favoritismo e conquistou o título e o bicampeonato (ele venceu o Mundial de 2015, disputado em Kingston, no Canadá). Ele ganhou a medalha de ouro com 61 pontos perdidos, 12 pontos à frente do vice-campeão, o francês Jean-Baptiste Bernaz. O holandês Rutger Van Schaardenburg completou o pódio, surpreendendo os adversários com uma vitória e um terceiro lugar nesta quarta-feira para fechar a disputa com 88 pontos perdidos. Robert Scheidt encerrou sua participação do Campeonato Mundial com 127 pontos perdidos.
Scheidt lamentou o desempenho abaixo do esperado, mas, experiente, não se deixa abater e já mira o próximo e maior desafio da temporada 2016. “Infelizmente hoje (quarta-feira, 18) foi mais um dia difícil. Minha leitura do vento foi sempre errada. Eu fui mais pelo lado esquerdo na primeira regata e deu direito. Na segunda prova, voltei a tentar a esquerda e deu direita de novo. É uma pena, porque eu estava velejando com boa velocidade, mas pequei taticamente em algumas regatas aqui no México. No fim das contas, foi mais uma questão tática do que técnica. Agora é partir para um período de treinamento no Rio em junho e julho e me preparar para os Jogos”, afirmou o bicampeão olímpico, patrocinado pelo Banco do Brasil, Rolex, Deloitte e Audi, com os apoios de COB e CBVela.
Robert Scheidt chegou ao México em busca do 12º título mundial na Classe Laser. Logo na estreia sofreu uma bandeira preta por largar escapado. Porém, na segunda regata do primeiro dia, se recuperou para cruzar em primeiro lugar. Nos dias seguintes, o bicampeão olímpico se manteve entre os líderes e, com a possibilidade de descartar o resultado ruim, terminou a fase de classificação em terceiro lugar. Na etapa decisiva, com a flotilha de ouro, composta pelos 56 melhores velejadores desse Mundial, o brasileiro teve problemas com ventos fracos e irregulares, conseguindo um 25º e um 5º lugares na segunda-feira (16) e 22º e 14º na terça-feira (17). Com isso, foi para a água no último dia ocupando a 5º posição na classificação geral, mas em um dia ruim, fechou em 10º.
Além de Robert Scheidt, o Brasil tem mais um representante na flotilha ouro do Mundial. Bruno Fontes terminou em 28º, com 231 pontos perdidos. Na flotilha prata, Lucas de Bueno finalizou em 46º, com 516 pontos. A fase classificatória do Mundial reuniu 112 velejadores representando 48 países.
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