Região da Vila Luzita, em Santo André, ganha o Complexo de Assistência Social

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Espaço oferecerá atendimento de segunda a sexta e terá capacidade para realizar cerca de 9 mil atendimentos em cada serviço ofertado

Texto: Rafaela Mazarin – Fotos: Helber Aggio/PMSA

Da Redação – Moradores da Vila Luzita, em Santo André, ganharam na manhã deste domingo (11) o Complexo de Assistência Social Andreense (Casa). O equipamento está localizado na Avenida São Bernardo com a Rua dos Cocais e terá capacidade de realizar cerca de 9 mil atendimentos, de segunda a sexta, das 8h às 17h. 

O espaço reúne, na mesma estrutura, serviços deste segmento como Cras (Centro de Referência da Assistência Social), Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) e Conselho Tutelar. “Estou muito feliz com mais essa entrega. É um sentimento que estamos no caminho certo e a gente vê o resultado na ponta. Estamos entregando um enorme complexo de assistência social no momento em que as pessoas mais precisam. Com as pessoas tomando ciência que esse equipamento existe e dos direitos que elas têm, o volume de atendimento vai melhorar muito”, afirma o prefeito Paulo Serra.

“Estamos em paralelo fazendo um diagnóstico em várias áreas de políticas públicas. A pandemia nos impôs a obrigação de rediagnosticar as demandas, quantidades de pessoas em situação de rua, além das pessoas em vulnerabilidade social. Estamos aumentando em 30% o atendimento na região que mais precisa e, além disso, queremos chegar na cidade toda”, conclui o prefeito. 

O secretário de Cidadania e Assistência Social, Marcelo Delsir, participou do evento de entrega e, emocionado, falou sobre esse equipamento que é um marco para a cidade e representa um divisor de águas para a política de assistência social do município.

“Nunca houve uma estrutura tão bem colocada no lugar mais necessário. Temos 13% da população da cidade na região do Vila Luzita e 23% dos cadastros únicos estão aqui. São ao todo 16 mil cadastros nesta região, sendo 10 mil de pessoas com extrema pobreza. Esse local é estratégico para assistência social e vamos conseguir fazer o nosso papel transformando a vida dos que mais necessitam. Esse equipamento não traz só um ponto de assistência social, mas também uma reflexão de como podemos mudar a nossa sociedade”, diz Marcelo Delsir.

“Santo André está trabalhando para ser uma cidade mais protetiva e mais inclusiva, buscando através desse trabalho diminuir a pobreza e fazer com que as pessoas tenham desenvolvimento humano e social por meio da transformação de suas realidades. No primeiro trimestre de 2022 houve 9 mil atendimentos individualizados. Neste equipamento vamos aumentar em até 30% o volume de atendimentos no mês. Estamos redividindo essa região e mais pra frente vamos entregar o Cras Jardim Santo André”, completa o secretário de Cidadania e Assistência Social.

Em uma estrutura de aproximadamente 2 mil metros quadrados, o Complexo de Assistência Social Andreense recebeu investimento de mais de R$ 2,3 milhões e um longo processo de recuperação da estrutura e remodelação do tipo de atendimento. A partir desta segunda-feira (12), o equipamento já iniciará os atendimentos do serviço que é porta aberta, ou seja, sem necessidade de encaminhamento prévio para atendimento. 

De acordo com a diretora da proteção social básica, Francinete Menezes, muitas pessoas não acessam o serviço por vergonha e, outras tantas, por não saber dos direitos.   

“Algumas pessoas estão desempregadas e chegam envergonhadas pois não querem precisar de ajuda. No entanto, a política de assistência não é uma ajuda, é uma política de direitos, mas para exercer direito, eu preciso me saber cidadão. Infelizmente, ainda encontramos pessoas que não têm documentos, identidade e muitas delas que possuem vínculos rompidos, com situações em que a pessoa é idosa, está vivendo na miséria absoluta e não sabe que possui esse direito”, pontua.

Histórico – O local que abriga o Complexo de Assistência Social Andreense foi destinado originalmente à construção do Hospital do Idoso, que teve por diversas vezes atrasos na obra e paralisações por conta de sucessivas mudanças de projeto e pendências junto aos órgãos bancários financiadores da construção. Um estudo técnico foi feito em 2018 para averiguar as condições estruturais e se decidiu dar nova destinação ao espaço, que não comportaria mais a construção do hospital.

Outras entregas na região – A Vila Luzita vem recebendo série de benfeitorias e equipamentos nos últimos anos, como a UPA (Unidade de Pronto Atendimento), o recapeamento da Avenida Capitão Mario Toledo de Camargo, o Hospital do Idoso, a segunda unidade do Restaurante Bom Prato, entre outros. 

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