Da Redação – Todo mundo só fala nisso: a reforma da previdência. A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) proposta pelo governo Michel Temer fará o brasileiro trabalhar mais tempo, e em muitos casos, receber uma aposentadoria menor do que a assegurada pelas regras em vigor. Se for aprovada, a idade mínima para aposentadoria de homens e mulheres será de 65 anos, o que muda muita coisa. Afinal, como ficará o mercado de trabalho com toda essa reviravolta? As empresas estão preparadas para absorver essa mão de obra mais sênior?
Um exemplo incomum hoje, mas que pode passar a ser tendência num futuro próximo, é a Adecol, maior fabricante de adesivos industriais do País, que atualmente tem 28% de funcionários acima de 40 anos e alguns deles já têm mais de duas décadas. Apesar de ser uma empresa jovem, com DNA de inovações e lançamentos de diversos novos produtos por ano; que investe na modernização de seu atendimento com ferramentas como Whats APP e outros sistemas de gestão compartilhada, a indústria não fecha as portas para os profissionais mais experientes.
“Uma das vantagens de contratar pessoas acima de 40 anos é sem dúvida a conduta profissional mais adequada. A maturidade traz muitas coisas em relação à carreira e a responsabilidade certamente é um ponto relevante”, conta Ana Julia Kiss, diretora de operações da empresa, que afirma ter menos demissões neste perfil em relação aos demais.
Sem qualquer tipo de resistência, a empresa já contratou inclusive pessoas aposentadas. “A diretoria da empresa sabe a importância da mescla entre a experiência e a juventude, e analisa, antes de tudo a postura moderna e inovadora do profissional independente da idade dele”, revela Ana, uma jovem executiva de menos de 40 anos e que tem alcançado o crescimento anual da indústria desde que assumiu o cargo de diretora industrial.
Sobre a Adecol – Maior fabricante de adesivos industriais com capital nacional do País, a ADECOL tem inovação em seu DNA. Um dos seus diferenciais é trabalhar sob medida, desenvolvendo formulações específicas para diferentes demandas, que geram um portfólio amplo e flexível capaz de atender a inúmeros nichos de mercado. Presente nos mais diversos segmentos, do automobilístico ao setor de embalagens, a empresa produz 1,5 mil toneladas de adesivos por mês em 10 linhas.
Atuando como um laboratório de desenvolvimento, adapta produtos e matérias-primas importadas para o cenário da América Latina. Em 2015 fechou faturamento em R$ 130 milhões com aumento de 18,2% em relação a 2014, média de crescimento que vem mantendo desde 2010. Também em 2015, a empresa investiu R$ 2 milhões para dobrar a produção da linha de adesivos PUR com foco nos setores gráfico e moveleiro.
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