Da Redação – Depois de uma denúncia da Rádio Bandeirantes sobre como funciona o esquema da indústria da multa em São Paulo, a prefeitura de Limeira rompe contratos com empresas que prestam serviços no trânsito. Uma delas é Cobrasin, responsável pelo processamento de multas na cidade e com atuação em outras regiões do interior e na Grande São Paulo.
Achando que falava com o representante de uma prefeitura, um funcionário da empresa admitiu ao repórter Agostinho Teixeira: “A gente implanta todo o equipamento e vocês pagam de acordo com a arrecadação. Você nunca vai ter prejuízo. Sempre vale a pena”.
Ainda segundo o relato, a Cobrasin identifica os locais onde os equipamentos devem ser instalados para garantir mais arrecadação. Identificado como “Murilo”, ele garantiu que o lucro com um radar pode chegar a três vezes o valor da implantação e deu dicas sobre como manipular uma licitação.
No caso de Limeira, também foi cancelado o contrato com a empresa Sentran, que é ligada à Cobrasin e respondia pela operação de radares e semáforos. Em entrevista à Rádio Bandeirantes, o prefeito de Limeira Mario Botion garantiu que as empresas serão substituídas e que uma nova licitação será feita para escolher outras empresas para operar os radares e processar as multas. Botion informou ainda que uma sindicância foi aberta para investigar o caso.
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