Da Redação – Poeta, escritora, romancista, compositora e oficineira, Patrícia Meira está entre os convidados do primeiro módulo do 13º Viagem Literária, “Poesia: Oficinas e Bate-papos com Escritores”. Entre 9 e 27 de novembro, a autora e outros 14 poetas percorrerão 61 bibliotecas de 60 cidades, incluindo a capital paulista, ministrando oficinas e em conversas com o público. Confira o roteiro da escritora ao fim do texto.
Promovido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado por meio do Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas de São Paulo (SisEB), o Viagem Literária é realizado pela Organização Social SP Leituras. O programa foi finalista do 62º Prêmio Jabuti, na categoria Fomento à Leitura, dentro do eixo Inovação.
Nascida e criada em Itajuípe (BA), Patrícia tem quatro livros publicados: “Por amar outra mulher”, “Resisto”, “É amor que você quer? Então Toma!”, “Manual da Imoralidade” e o romance “Emaranhado”, convidado para lançamento em Nova York, em 2019.
Uma das poetas mais respeitadas no slam brasileiro, vencedora da Copa da Argentina de Poesia, vice-campeã Paulista do Slam SP e finalista do Slam BR. Seu trabalho foi inserido no material didático das escolas municipais de São Paulo. Para segui-la, no Instagram, basta acessar @poetapatriciameira.
A seguir, Eliane antecipa, em duas perguntas, um pouco de sua visão sobre a poesia:
Qual a importância da poesia na literatura contemporânea?
A poesia, desde a antiguidade, é uma peça fundamental utilizada por pensadores reconhecidos mundialmente. E, não diferente do nosso tempo, por trabalhadores e principalmente por artista para criticar, advertir e conscientizar determinados grupos sociais. O papel da poesia é nos unir enquanto povo e nos fazer sentir o mundo de maneira pura e genuína. Quem escreve ou lê uma poesia sente o mundo e não apenas faz parte dele.
Quais são os poemas que a gente deve ler para se iniciar nessa forma literária?
Na verdade, não existe um poema em que se deve usar como base, pois a poesia contemporânea nada mais é que uma junção de sentimentos que fervilham em nossas cabeças. Existem lutas com as quais você se identifica, existem dores que você quer expurgar, existem sentimentos que precisam ser resinificados. E resinificar não é romantizar, é sentir de outro jeito, é dividir e trazer mudança a partir do que foi escrito, se não para o outro que seja minimamente para si. Apesar de não existir um poema que nos fará ingressar na literatura contemporânea, existem escritores que trarão novas visões sobre diversos assuntos, então a minha recomendação é que se leiam escritores vivos e de preferência escritores independentes.
Além de Patrícia Meira, fazem parte do primeiro módulo do 13º Viagem Literária os escritores Allan da Rosa, Bruna Berber, Chacal, Daniel Minchoni, Dinha, Eliane Marques, Jonas Samaúma, Lubi Prates, Pedro Marques, Renato Negrão, Rodrigo Ciríaco, Ronald Augusto, Ryane Leão e Wilberth Salgueiro.
O segundo módulo, “Contação de Histórias: Contos Populares”, que acontece de 1º a 19 de março de 2021, percorrerá circuito semelhante.
Desde que o Viagem Literária começou, em 2008, foram percorridos 218 municípios paulistas, com 207 convidados, atingindo a um total de mais de 340 mil pessoas. Foram bate-papos, oficinas, rodas de contação de histórias e outros eventos que fizeram conhecimento circular no Estado de São Paulo.
Confira o roteiro de Patrícia Meira:
Oficinas às 14h30 | Bate-papos às 19h
23/11 – Ubarana – Biblioteca Emiliana Vilerá
24/11 – Avanhandava – Biblioteca Gilberta Neide dos Reis Corbucci
25/11 – Promissão – Biblioteca Siná Hoeppner
26/11 – Lins – Biblioteca Nicolau Zarvos
27/11 – Cafelândia – Biblioteca de Cafelândia
A programação completa, com os artistas e grupos de artistas que fazem parte da etapa estão no site do programa: www.viagemliteraria.org.br.
‘Quem escreve ou lê poesia sente o mundo e não apenas vive dele’, diz romancista
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