Da Redação – O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foi abandonado pelo governo federal e pela presidente Dilma. Apesar de sempre ter servido como mote de campanha eleitoral e de propaganda para o PT, o conjunto de obras está envolto em irregularidades, além de se arrastar e sofrer inúmeras paralisações. Levantamento realizado pela Liderança do PSDB na Câmara mostra que, até o fim de outubro, apenas 17,2% dos recursos do PAC foram efetivamente pagos.
E não para por aí. O Planalto pretende reduzir em quase R$ 4 bilhões as verbas da área. De acordo com a proposta de Orçamento enviada pelo Executivo ao Congresso nesta semana, o PAC terá R$ 3,8 bilhões a menos em 2016. A redução faz parte do corte de R$ 26 bilhões em despesas para o próximo ano.
O deputado Luiz Carlos Hauly (PR) vê no PAC um reflexo do descaso do governo petista com a sociedade brasileira. O programa, segundo ele, acumula empreendimentos parados e outros “inaugurados”, mas inacabados, por causa da incompetência de quem está no comando do país há anos, porém nunca se preocupou com sua população.
“A mãe do PAC e madrasta do povo brasileiro, que também é a presidente da República, tem atuado em um papel ridículo para o desenvolvimento do país. Agora ela chega ao cúmulo de não ter sequer aplicado os recursos previstos no orçamento para as obras”, aponta Hauly.
O deputado destaca que, da maneira como Dilma tem conduzido o país nesses cinco anos, “já era previsível que o levaria à bancarrota”. O parlamentar ressalta que, devido a essa incapacidade de tocar os empreendimentos, a chance de recuperar as obras paradas só vai diminuindo. “Trata-se de um governo de péssima qualidade, o pior da história do Brasil, tanto que está enterrando o nosso desenvolvimento”, criticou o deputado.
Gastos x investimentos – Como se não bastasse, o governo federal tem minado os investimentos em geral. Da dotação autorizada de R$ 82,6 bilhões, os pagamentos neste ano foram de apenas R$ 6,3 bilhões, ou seja, 7,6% até o final de outubro. “Em relação ao mesmo período de 2014 (quando foram pagos R$ 14,1 bilhões), os pagamentos deste grupo de despesa decresceram 56,0% em 2015”, destaca o levantamento da Liderança do PSDB. Por outro lado, o estudo alerta para o contínuo crescimento das despesas correntes, que atingiu 5,94% em relação a outubro/2014, apesar de todas as restrições anunciadas pelo governo e do baixo índice de execução dos investimentos.
“O descontrole é total: aumentam as despesas supérfluas, pois a maioria não é importante para o país, e ao mesmo tempo diminuem o dinheiro da saúde, educação e de obras básicas, como água, esgoto, casa popular, pontes e manutenção de estradas, que são tão importantes para a nação. É uma vergonha esse governo do PT”, constatou Hauly.
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