Projeto Próximo Passo ganha documentário e exposição fotográfica

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Da Redação – A depressão é uma doença que descolore a vida e tem o poder de imobilizar e roubar a motivação das pessoas até para as tarefas mais corriqueiras. Por isso, ela já é vista como a doença mais incapacitante do mundo pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Diferente do que se pensa, a depressão não é um estado de espírito e precisa ser encarada com seriedade.  A boa notícia é que, com tratamento médico e multidisciplinar, é possível curá-la. E algumas atitudes, como o simples hábito de movimentar o corpo, ajudam muito nesse processo.

Foi pensando nisso que o projeto Próximo Passo, uma iniciativa da Libbs Farmacêutica, reuniu 40 pessoas com histórico de depressão para dançarem pela vida, sob o comando do educador e coreógrafo Ivaldo Bertazzo. Após quatro meses de ensaios, os participantes subiram ao palco do Sesc Vila Mariana, em São Paulo, para protagonizarem um espetáculo de superação.

Agora, a experiência do grupo será retratada no documentário Próximo Passo, lançado no último dia 7 de abril, em São Paulo. Na mesma data, foi lançada a exposição fotográfica do movimento, que tem como tema a dura jornada de pessoas com depressão em busca da cura. A mostra estará disponível entre 07 e 21 de abril no Shopping JK Iguatemi, na capital paulista.

As obras narram o processo de superação da doença pelo olhar dos participantes, que recuperaram a energia, confiança e motivação – ingredientes necessários para dançar e essenciais para viver bem. “Eu saí de uma situação de altos e baixos e esmorecimento. Por meio do movimento do corpo, retomei uma rotina que me motiva e estimula”, diz Maria Regina dos Santos, integrante do grupo.

Para saber mais do movimento Próximo Passo, conferir informações sobre a exposição e assistir ao documentário do projeto na íntegra, acesse: www.oproximopasso.com.br.

Sobre o movimento – A Libbs Farmacêutica, em parceria com o educador e coreógrafo Ivaldo Bertazzo, criou o movimento Próximo Passo a fim conscientizar a população e estimular o debate sobre a depressão, uma doença incapacitante que ainda é cercada de muitos tabus. Para isso, o projeto reuniu pessoas que já vivenciaram a depressão para movimentarem o corpo e dançarem em busca do reequilíbrio. E a escolha dessa prática para a iniciativa não foi por acaso: para dançar, é preciso ter energia, confiança e motivação – atributos que a pessoa deprimida, muitas vezes, precisa reconquistar.

A seleção, que ocorreu em maio, foi aberta ao público, sem exigência de conhecimento em dança ou teatro. Mais de mil pessoas se inscreveram e 40 foram escolhidas para compor a equipe, que também contou com cinco bailarinos profissionais. Após quatro meses de ensaios, o grupo se apresentou no Sesc Vila Mariana, nos dias 6, 7 e 8 de outubro, contando com um público total de 2.400 pessoas.

Ao fim do projeto, os participantes sentiram mudanças positivas em suas rotinas. Isso porque a dança, além de ser uma poderosa ferramenta de socialização, ainda traz os benefícios da atividade física. “Estudos mostram que exercícios aeróbicos associados ao tratamento da depressão têm o potencial de reduzir os sintomas da doença”, explica a psiquiatra Giuliana Cividanes, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “Segundo pesquisas, a atividade física regular prolonga os efeitos do tratamento medicamentoso num período médio de até 4 anos”, finaliza.

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