Projeto Livro Vivo leva literatura para parques e outros 40 pontos de Santo André

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Da Redação – Livros deixados nas Estações de Coleta do Semasa têm, agora, um novo destino, que os devolve para mãos de leitores. Em vez de seguirem para as cooperativas como resíduo reciclável, as publicações descartadas pela população passaram a fazer parte do projeto Livro Vivo, uma ação do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) e da Secretaria do Meio Ambiente da Prefeitura de Santo André que estimula o cidadão à prática da leitura, e isso sem pagar nada.

O projeto Livro Vivo foi lançado nesta sexta-feira (1º/12) no Parque Celso Daniel e será levado a mais de 40 pontos de acesso da população, entre eles todos os parques da cidade, portarias e postos de atendimento do Semasa. Nos parques, os livros ficarão expostos em geladeiras também descartadas nas Estações de Coleta, transformadas em estantes e grafitadas. Nos demais pontos, os livros ficarão à disposição em caixotes.

“Quando o morador deixa o livro na Estação de Coleta é porque o considera um resíduo. Este projeto devolve o livro para o seu lugar de essência, que é a cultura”, explicou o diretor de Resíduos Sólidos do Semasa, José Elídio Rosa Moreira.

Além de ofertar leitura gratuita, o projeto integra Santo André no movimento mundial conhecido bookcrossing, que incentiva a troca voluntária de livros – o morador também pode depositar nas “estantes” publicações que deseja doar, evitando o descarte e permitindo a leitura por mais pessoas.

O vice-prefeito Luiz Zacarias afirmou que o Livro Vivo ajuda a resgatar a importância da leitura. “O projeto mostra que objetos como geladeiras, caixas e livros podem ser reaproveitados. E trazê-los para os parques também é muito importante porque muitas vezes as pessoas estão caminhando, param para descansar e aproveitar o parque, e a leitura é mais um atrativo”, disse.

“É um projeto muito bonito. O livro está caro e aqui podemos levar e trazer, sem pagar nada. Estou levando dois: um pra mim e outro para a minha filha”, disse Alirio Fechio, frequentador do Parque Celso Daniel há 10 anos.

Para participar basta retirar ou entregar os livros nos pontos de troca. Não é necessário cadastro e nem mesmo identificação. A reposição de livros nestes pontos será efetuada pela Casa da Joanna, entidade parceira da ação que desenvolve o projeto Livre-se há 3 anos, tendo mais de 4.500 livros cadastrados e 45 pontos fixos de troca.

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