Projeto De Bem com a Vida encerra ano com número recorde de adeptos

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Da Redação – O Projeto De Bem Com a Vida, que proporciona práticas corporais e de lazer aos usuários das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de São Bernardo, encerra o ano com número recorde de adeptos. Atualmente, 4.700 pessoas participam das atividades, que incluem caminhadas, dança, relaxamento, teatro, alongamento, rodas de conversa e musicoterapia, entre outras ações.

O programa, fruto de parceria entre as secretarias de Saúde e de Esporte e Lazer, realizou na sexta-feira um grande sarau de confraternização no Parque Raphael Lazzuri, na Avenida Kennedy. A ação contou com a participação de cerca de 400 pessoas, moradores dos mais diversos bairros da cidade.

São 97 grupos espalhados pelas 34 UBSs, e as adesões às atividades aumentaram cerca de 20% após algumas das unidades incluírem a dança de salão na programação, com encontros após as 18h. “Os benefícios dessa e de tantas outras práticas são inúmeros. Os participantes melhoram, sobretudo, a relação com o próprio corpo e passam a se conhecer mais. Isso tem impacto direto na qualidade de vida, porque a atividade lúdica promove a sociabilidade, aumenta a autoestima e a disposição”, explica o coordenador do projeto Marcos Warschauer.

O coordenador diz que são bastante comuns relatos de participantes que tiveram melhora nos quadros de dor crônica e depressão após ingressarem no De Bem Com a Vida. “Muitos diminuem a quantidade diária de medicação e passam a praticar atividades físicas com regularidade. Isso é uma grande conquista para todos os envolvidos nesse projeto”, destaca.

Durante toda a manhã, diversos grupos exibiram parte do que vivenciam nas oficinas, como números de dança e canto. As “camisas verdes” – espécie de uniforme usado pelos participantes — eram só aplausos e sorrisos. “No De Bem Com A Vida encontrei apoio emocional e acolhimento. Mudou minha vida. Além disso, as atividades me ajudam a aliviar o estresse. Adoro meu grupo e não penso em parar”, afirma a vendedora Kátia Lima dos Santos Almeira, 40 anos, que frequenta o projeto na UBS Vila Rosa.

A aposentada Jucelina de Oliveira, 63 anos, conhecida como dona Juju, moradora da Vila São Pedro, foi uma das primeiras a chegar ao sarau: “Não perco por nada. É uma terapia para mim. Tenho bursite e artrose, e movimentar o corpo me ajuda muito. Já tive depressão e superei graças ao grupo. Hoje estou com a autoestima lá em cima. E não recuso convite para dançar forró.”

As mulheres compõem a grande maioria dos participantes, e muitas encontram no projeto oportunidade para redescobrir a individualidade e superar situações de conflito em família. “Nas rodas de conversa é comum aparecer o tema da violência doméstica e de outros tipos de opressão. As atividades acabam por ajudar também no processo de empoderamento dessas mulheres”, conta a educadora social Ana Claudia Viana de Lima.

Ela é uma das 16 profissionais que coordenam os grupos locais — as atividades podem ser realizadas na própria UBS, na sala da comunidade, ou em local próximo, como praças, quadras e escolas. Os educadores têm os mais variados perfis e especialidades, que vão do artesanato ao Lian Gong (prática corporal oriental). “O objetivo não é o condicionamento físico, mas o bem-estar geral a partir da atividade lúdica e da socialização. Sentir-se parte de um grupo é transformador, e o De Bem Com a Vida nos mostra isso”, conclui Ana Claudia.

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