Principais estratégias para as empresas começarem a modernizar seu ‘data center’

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* Marcio Kenji Atualmente, ter uma infraestrutura de TI moderna, eficiente e escalável é um ponto fundamental para as estratégias de negócios das empresas de hyperscale (companhias que desenvolvem projetos de data center para gigantes da internet) e de colocation (que alugam seus espaços de data center para outras). Mesmo que, em um primeiro momento, a modernização do ambiente pareça um projeto de custos muito altos,  que exigirá grande disponibilidade da equipe, é um passo importante para o ganho de credibilidade e de competitividade em um mercado que ganha cada vez mais força.

Segundo o relatório da consultoria Grupo Dell’Oro, divulgado em fevereiro, as despesas globais com infraestrutura de data center devem crescer 10% nos próximos cinco anos, atingindo um total de US$ 350 bilhões. Para 2022, a expectativa também é bastante positiva. De acordo com a última pesquisa divulgada pelo Gartner, os gastos mundiais com sistemas de data center devem crescer 4,7% no período, chegando a US$ 226,4 bilhões. 

No entanto, ainda que seja esperado esse crescimento nos próximos anos, grande parte das empresas de hyperscale e de colocation ainda enfrentam dificuldades no que se refere à latência das aplicações e no avanço da sustentabilidade no segmento.

Tais fatores são cruciais para se adequar às exigências de investidores, reguladores, acionistas e clientes – que necessitam cada vez mais de rapidez e eficiência no processamento e armazenamento de dados. Por isso, reuni alguns passos a serem seguidos para que o processo de modernização dos data centers seja mais assertivo e abrangente.

  1. Tempo de adaptação de projetos e baixa latência

O tempo é um fator primordial em operações dos mais diversos segmentos e, com as empresas de data center, isso não é diferente. As “gigantes da internet”, como Google e Microsoft, estão sendo as responsáveis pela alta demanda do setor, contratando cada vez mais espaços para o armazenamento de dados. Entretanto, a montagem da infraestrutura – que inclui encontrar e implementar soluções de automação, realizar o monitoramento das informações e dar início aos serviços necessários – requer um prazo. 

Com isso, é justamente na entrega mais rápida dos projetos de data center que as empresas de tecnologia conseguem ganhar a concorrência. Para as companhias de hyperscale e colocation é essencial conhecer as necessidades do cliente e, desse modo, traçar rapidamente soluções, serviços e fornecedores que sejam os melhores. 

As melhores escolhas nesse processo ajudam a diminuir a latência dos data centers, ou seja, a fazer que o tempo de resposta no ambiente seja o menor possível. Isso traz agilidade no acesso de documentos, informações e ao sistema como um todo.

  1. Equipe especializada em inovação e ESG

Mesmo que as equipes de TI em cada empresa sejam extremamente dedicadas, disponibilizar profissionais que olhem especificamente para a modernização de projetos existentes e para a implementação de ações ESG é um grande avanço. Inseridos em um segmento que muda muito a cada ano, com diversas atualizações e novas tecnologias, definir uma equipe é um passo importante na renovação ou atualização da infraestrutura.  

Na parte de ESG, tendo profissionais dedicados à área, os projetos podem ser mais bem pensados para cada cliente. A individualidade em cada entrega ou integração de diferentes soluções é outro forte diferencial no mercado. As companhias querem, cada vez mais, planos adaptados para sua realidade, considerando cada desafio e benefício a ser conquistado.

  1. Sustentabilidade

Ainda hoje, os data centers são considerados “vilões” das ações sustentáveis no segmento de tecnologia. No entanto, isso tem mudado gradualmente. Bastante impulsionado por investidores e clientes cada vez mais exigentes que preferem empresas que diminuem seus impactos ambientais, o setor passou a olhar para o tema com mais atenção.

Mesmo que a maior parte dos data centers ainda seja de grandes consumidores de energia e água e emita gases de efeito estufa, já existem tecnologias no mercado que amenizam tais fatores.

Buscar por soluções que permitam eficiência energética e hardwares que não exigem a utilização de gases tóxicos está cada vez mais acessível. O uso de hexafluoreto de enxofre de gás (SF6), por exemplo, que antes era bastante aplicado, pelo seu bom desempenho, no isolamento de dispositivos como os painéis ou a aparelhagem elétrica, não é mais necessário. 

Portanto, modernizar os data centers e torná-los mais eficientes, sustentáveis e com processos mais transparentes já está se tornando uma realidade do mercado. Ao ultrapassar os principais desafios do segmento – tempo do projeto e latência – e disponibilizar uma equipe que possa impulsionar a sustentabilidade na infraestrutura de TI, a base para as estratégias de negócios está pronta. O ganho de competitividade e escalabilidade fica ao alcance das mãos e a entrega dos resultados se torna mais genuína. 

* Marcio Kenji é gerente regional para o Segmento de Cloud & Service Providers da Schneider Electric para a América do Sul

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