Foto: Naiara Vieira
Da Redação – A presidenta do PSOL de Santo André e militante do MTST – Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Andreia Barbosa, assumiu no último dia 8 de março de 2022 uma cadeira na Câmara Municipal de Santo André.
Primeira suplente do partido nas últimas eleições, Andreia tomou posse no lugar do vereador Ricardo Alvarez, que se licenciou por oito dias nesta semana do Dia Internacional da Luta das Mulheres para que a companheira pudesse assumir a vaga.
“É um momento histórico para o PSOL e para Santo André. Tanto pelo fato de ser a primeira mulher do partido na Casa, quanto de ser a primeira sem-teto a chegar a uma vaga na Câmara de Santo André”, comemorou Alvarez.
A posse aconteceu na tarde deste dia 8 do lado de fora do legislativo andreense, onde uma legião de militantes e apoiadores do partido e do movimento por habitação se concentraram para acompanhar a sessão de posse.
“Queria dizer que são poucos dias com muita importância para nós mulheres pobres, principalmente após esse ataque muito difícil que a gente recebeu de um deputado e hoje a gente vai fazer algumas defesas aqui”, discursou Andreia.
Nesta primeira sessão, a parlamentar apresentou cinco proposituras relacionadas à defesa do direito das mulheres, sendo que uma delas foi uma Moção de Repúdio contra o deputado Artur do Val pelas falas sexistas em relação às mulheres ucranianas.
Além de um PL intitulado Não é Não, inspirado no projeto da vereadora carioca Marielle Franco, assassinada no Rio de Janeiro em março de 2018, que cria uma campanha permanente de enfrentamento ao assédio e à violência sexual contra as mulheres em Santo André.
“Quero deixar claro, como primeira presidenta do PSOL, que essa luta vai continuar sempre pelos direitos das mulheres e direitos humanos para que a gente possa construir uma sociedade mais justa e mais igualitária”, afirmou.
Outras ações da mandata nesta sessão foram um requerimento de informação sobre a falta de funcionamento 24h da Delegacia de Defesa da Mulher e uma indicação para a implementação de uma casa de passagem para atender a região do ABC.
“Sim é possível que uma mulher periférica, negra, viúva adentrar a casa do povo como vereadora, num lugar de destaque, decisão, poder e fala. Essa posse não é minha. Essa posse é nossa, do MTST, do PSOL, por que a gente acredita que podemos construir um futuro mais justo e mais igualitário”, finalizou.
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