Prestes a completar 20 anos, ESG é um dos temas do ‘Siemens Day’, que buscou enfatizar o “ganha mais, quem se importa mais”

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Evento da Reymaster Materiais Elétricos e da Siemens, que focou na importância da eficiência energética, foi realizado em Curitiba, eleita uma das cidades mais sustentáveis e inovadoras do País.

Desde 2004, quando a sigla ESG (do inglês Environmental, Social, and Corporate Governance) foi apresentada, pela primeira vez ao público pela Organização das Nações Unidas (ONU), no relatório “Who Cares Wins” (“Ganha quem se importa”), as empresas vêm mudando suas condutas no processo produtivo. 

Na visão do engenheiro Siemens, Lucas Gimenes, é perceptível que nas indústrias a ideia do “ganha mais quem se importa mais” hoje já não é mais uma utopia. Pelo contrário: “A preocupação com o meio ambiente vem motivando a todos, incluindo os consumidores, a comprar de quem age e pensa em prol de operar medidas sustentáveis. Não há como uma empresa continuar firme no mercado com instintos predatórios de trabalhar unicamente para lucrar. Enfim, o ESG não é mais uma opção, e sim uma imposição que garante o desenvolvimento do negócio a pequeno, médio e longo prazo”.

Sabendo disso, e para ajudar os negócios a se desenvolverem nesse novo cenário, é que a Reymaster Materiais Elétricos, em parceria com a Siemens, dedicou um dia do mês de julho para promover o “Siemens Day”, evento presencial que ocorreu em Curitiba/PR, que ao lado de Londrina e Maringá se destacaram como as cidades mais sustentáveis e inovadoras do Brasil, segundo a plataforma Bright Cities, que avaliou indicadores de 325 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes.

Propósito do Siemens Day

A finalidade do Siemens Day foi ensinar as empresas a “fazer mais com menos”, ou seja, a ganhar se importando, como ensina a ONU. Na ocasião, os participantes tiveram a chance de aprender sobre a eficiência energética, e o quanto é possível lucrar com essa prática que ajuda o aumento da produtividade, mas sem ter que usufruir de mais recursos naturais.

Inclusive, neste sentido, é importante mencionar que a última edição do Balanço Energético Nacional, publicada recentemente, mostrou que o segmento que mais utiliza energia elétrica no Brasil é o industrial. “E o pior não é o uso. Muitas vezes o consumo está atrelado ao desperdício, que atua nas fábricas como um vilão oculto, passando despercebido por gestores, funcionários, técnicos, etc., e fazem com que essas empresas percam muitas oportunidades em termos de investimentos”, explicou Lucas Gimenes na ocasião.

Então, toda vez que uma empresa se preocupa com a eficiência energética, o resultado não virá somente na conta de luz: “Trata-se de uma consequência que acarreta um impacto direto no consumo de água e também de combustíveis fósseis, o que colaborará para esses estabelecimentos se manterem salutares com as suas normas contábeis de emissão de gases de efeito estufa”, comentou Vinícius Basílio, também palestrante do Siemens Day.

Edge Computing

Além de explicarem sobre eficiência energética, Lucas e Vinícius, ao lado do também palestrante Vittorio Caccia, exploraram a temática “Edge Computing e Conectividade entre Dispositivos”. No local, além de muito networking e troca de ideias entre os participantes, foi oferecido um almoço a todos os participantes do evento que puderam ver, na prática, como o Edge Computing da Siemens, também conhecido como computação de borda, é direcionado para redes inteligentes e gerenciamento de energia, e como ele deixa a empresa mais sustentável e inteligente.

“Em uma montadora de veículos, por exemplo, sem Edge Computing, o trabalho é todo manual, sujeito a erros constantes, atrasos e retrabalho. Entretanto, com a computação de borda, tudo muda, afinal o gestor tem acesso ininterrupto, e em tempo real, de tudo o que se passa na linha de produção, como o tempo, os materiais utilizados e quando os veículos estarão prontos para entrega. Com isso, a solução consente que o operador acelere ou mesmo retarde o prazo de fabricação daqueles automóveis, em razão da urgência de outros, por exemplo. Uma redução de tempo de 10 segundos em cada máquina de uma linha de montagem pode até parecer bem pouco, mas isso, diariamente, pode resultar em cerca de 10 carros a mais ou a menos”, explica Lucas.

Segundo Lucas, com essa informação precisa sobre produtividade, é possível reduzir os custos operacionais/de mão de obra, e obter a eficiência energética nas dependências da empresa, afinal, nas palavras do engenheiro da Siemens, “estamos falando de uma solução que opera com menor quantidade de energia por conta da descentralização do processamento e armazenagem de dados”.

E por falar em dados, esse é outro benefício da solução, com capacidade para processar e armazenar grande volume deles. Além disso, independente de uma infraestrutura externa, outra vantagem é a diminuição do tempo de resposta de qualquer solicitação, bem como das limitações de largura de banda. A consequência é continuidade das operações, com menos riscos de paradas e segurança no compartilhamento de informações, se precavendo, assim, de expor dados sensíveis de clientes, fornecedores e colaboradores, e agindo, portanto, conforme a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

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