Policiamento comunitário na USP começa nesta quarta-feira

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Da Redação – O policiamento comunitário no principal campus da Universidade de São Paulo (USP) começa nesta quarta-feira (9), com 34 policiais militares treinados. O secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, assinou na tarde desta terça-feira (8) o convênio de implantação do novo modelo de patrulhamento da Cidade Universitária.

O policiamento terá agentes com formação universitária e até 26 anos de idade, num perfil próximo ao dos estudantes. “O modelo é inovador e diferenciado”, destacou o secretário. O número de policiais militares será ampliado para 42 nas próximas semanas, quando termina a preparação dos agentes.

“Esse modelo vem sendo discutido desde janeiro com o reitor da USP, Marco Antonio Zago, em reuniões praticamente mensais. Será uma integração entre a polícia e a Guarda Universitária e já houve um mapeamento do campus”, afirmou Moraes.

A PM vai montar uma Base Comunitária de Segurança (BCS) fixa dentro da universidade. O secretário esclareceu que a nova forma de policiamento é baseada em um modelo japonês chamado Koban e teve adaptações para a realidade estudantil com o auxílio da Comissão de Diretos Humanos da USP.

Com o novo sistema de trabalho, a Polícia Militar e a Guarda Universitária vão definir medidas protetivas em conjunto, como regulamentar os horários de abertura e fechamento de portões, assim como em outras universidades estrangeiras.

Segundo Alexandre de Moraes, as instituições estão providenciando coletes diferenciados com a logomarca da PM e da universidade, para que os agentes sejam facilmente identificados por alunos, funcionários e visitantes.

A reitoria da USP e a Secretaria da Segurança também realizarão cursos de aperfeiçoamento para integrantes da Guarda Universitária, com conteúdo teórico e técnico, para aumentar a integração entre as instituições. As aulas serão ministradas por agentes das polícias Civil e Militar.

Conselho Comunitário de Segurança

O convênio prevê a criação do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) dentro da Cidade Universitária em até 30 dias. O grupo será formado por representantes das polícias Civil e Militar, professores, funcionários e alunos.

Serão feitas reuniões mensais, abertas a toda a comunidade acadêmica, para que haja maior interlocução entre as partes envolvidas, além da possibilidade de dialogar e aperfeiçoar a atuação no campus.

“A Polícia Militar vem aqui para garantir a segurança e não para restringir qualquer liberdade de expressão”, disse. Com os resultados desse modelo da Cidade Universitária poderá levar a outros campi e locais o policiamento comunitário.

O policiamento comunitário é um método utilizado pela Polícia Militar há 20 anos, com treinamentos feitos no Japão. Sua principal base é a proximidade entre a polícia e a comunidade local, o que no caso da USP possibilitará maior integração dos agentes de segurança com alunos, professores, funcionários e a polícia.

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