Da Redação – O Programa de Internação Domiciliar (PID) de São Bernardo registrou 3.127 atendimentos desde 2009, quando foi criado. Em 2015, a iniciativa foi selecionada pela Organização Panamericana de Saúde (OPAS) como uma das experiências que podem servir de modelo para todo o País.
Criado em 2009, o PID substituiu o antigo Programa de Assistência Domiciliar (PAD), que contava com apenas uma equipe e que, portanto, não atendia satisfatoriamente a população. Com a reestruturação do programa, houve o credenciamento junto ao Ministério da Saúde por meio do programa federal Melhor em Casa.
O programa atende, atualmente, 320 pacientes estáveis com quadro clínico complexo. A prática humanizada é a base do atendimento, realizado por equipes multiprofissionais formadas por médico, enfermeiro, técnicos de enfermagem, assistente social, fonoaudiólogo, fisioterapeuta e nutricionista. Eles realizam visitas periódicas, conforme a necessidade, e prestam assistência não só ao paciente, mas à família, dando todo suporte e treinamento necessários aos cuidadores.
Para definir a periodicidade das visitas, o programa utiliza o Sistema de Classificação de Pacientes (SCP). Já na primeira avaliação, antes da alta hospitalar, cada profissional da equipe do programa classifica o paciente conforme a categoria de cuidados – mínimos, intermediários ou intensivos -, o que vai determinar o plano de atenção domiciliar. A partir desse conceito são definidas a frequência das visitas que o paciente receberá de cada especialista e a quantidade de insumos e medicamentos necessários ao atendimento.
A gerente do PID, Rosemary dos Passos Magalhães, explica que o programa atende idosos, adultos com necessidade de cuidados prolongados e reabilitação, portadores de doenças crônico-degenerativas, pacientes que necessitem de cuidados paliativos, e portadores de incapacidade funcional. “A internação domiciliar é uma modalidade de atendimento alternativo à internação hospitalar. No programa, damos todo o suporte necessário para que esses pacientes sejam cuidados em casa, ao lado da família. Com isso, há menos risco de infecção hospitalar e melhor qualidade de vida para os pacientes”, diz.
OPAS – No Início de 2015, o programa foi selecionado pela Organização Panamericana de Saúde (OPAS) como uma das experiências que podem servir de modelo para todo o País. O conjunto de práticas adotadas pela cidade é detalhado na publicação “Atenção Domiciliar no SUS: Resultado do Laboratório de Inovação em Atenção Domiciliar”, que reúne práticas exitosas em 10 municípios brasileiros.
Realizado em parceria com o Ministério da Saúde, o estudo realizou, ao longo de um ano, visitas in loco, entrevistas com gestores e troca de experiências entre os serviços selecionados e especialistas na área. O objetivo é impulsionar, em todo o país, a adoção da atenção domiciliar de maneira que ela substitua ou complemente as demais modalidades, como a hospitalar e ambulatorial.
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