Da Redação – A quase um mês para o início das Olimpíadas do Rio, o governador em exercício, Francisco Dornelles, pediu ao presidente interino, Michel Temer, o emprego das Forças Armadas no estado, entre 24 de julho e 19 de setembro (antes e depois do evento). Esse contingente será destacado para policiar linhas vermelha e amarela, Avenida Brasil, entre outros locais de intenso acesso.
Segundo o professor de Direito da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Rio e especialista em segurança pública, Newton de Oliveira, o emprego das Forças Armadas nas atividades de patrulha e típicas de segurança pública nos Jogos Olímpicos é um alerta. Essa medida, para ele, pode indicar abandono do modelo de segurança e falta de planejamento.
“A segurança pública do Rio está em um processo falimentar. O esgotamento por mau uso do projeto das UPPS coloca em risco e abre espaço para graves possibilidades na área da segurança Pública, como o terrorismo, por exemplo, uma vez que não houve investimento na inserção de uma polícia de proximidade e comunitária que pudesse ter a população como aliada e parceira na produção de um ambiente seguro para os Jogos Olímpicos”, explica o professor.
Ainda segundo ele, faltam ações emergenciais e tópicas e a ação da segurança deve ser discreta e participativa, com atuação marcante da população local, ações de inteligência e articulação entre as diferentes agências.
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