Da Redação – O ritmo de “liquidação” e “queima de estoque” da Petrobrás vai ser intensificado nos próximos meses, como parte da estratégia de levantar dinheiro para reduzir a severa dívida da companhia. Isto é o que ficou nas entrelinhas no discurso do presidente da Petrobrás, Pedro Parente, nesta segunda-feira (29), na abertura da conferência Offshore Northern Seas (ONS), na Noruega.
O executivo falou para uma plateia de membros da indústria mundial de óleo e gás que o objetivo é fazer com que a dívida da companhia caia pela metade antes do prazo inicial definido até então, que seria o ano de 2020.
Quem ainda tinha esperanças de que a venda de Carcará fosse reavaliada, pode tirar o cavalo da chuva. Parente declarou no evento que o plano de desinvestimentos será fundamental para a redução de dívidas e afirmou que a empresa vai perseguir as metas de vendas muito fortes para os próximos dois anos. Para este ano, a meta da petroleira é alcançar o valor de US$ 15,1 bilhões em desinvestimentos.
Parente também falou sobre a venda da BR Distribuidora, afirmando que espera receber as ofertas vinculantes pela subsidiária até o final deste ano. Com isso, o executivo acredita que no primeiro trimestre de 2017 já haverá uma decisão sobre quem será a parceira no controle da distribuidora.
O presidente da Petrobrás ainda falou sobre o aumento na produção da estatal, mesmo em meio às investigações da Lava Jato e a desaceleração do mercado de petróleo. “Nós estamos batendo recordes de produção, o pré-sal já está produzindo mais de 1,3 milhão de barris por dia”, disse.
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