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    Mestre

    Preocupada com o avanço da pandemia da Covid-19, cujo enfrentamento passa pela adoção de medidas como a promoção dos hábitos de higiene, da proteção individual e da restrição de contato social, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), vem a público reiterar seu apoio e confiança no trabalho realizado pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e sua equipe na condução dessa grave crise epidemiológica.

    A coragem e a dedicação do ministro e de seus assessores diretos têm recebido amplo apoio da população, conforme demonstram pesquisas de opinião pública, bem como o aval de algumas das maiores autoridades no mundo na área da saúde. Sabe-se que, apesar de alinhado com recomendações e consensos científicos validados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o Ministério da Saúde do Brasil tem um imenso desafio à sua frente, cuja superação dependerá de apoios institucional, financeiro e político.

    Pelo bem-estar, saúde e vida de milhões de brasileiros, a SBD clama às autoridades que ofereçam ao Ministério da Saúde o suporte de que precisa nessas diferentes áreas, o que permitirá que o país, nos próximos meses, avance em sua luta contra o coronavírus e a Covid-19 com segurança técnica e esperança.  Essa é a expressão do desejo de ampla maioria da população, bem como de médicos e demais profissionais da saúde, que estão na linha de frente do atendimento em postos, prontos-socorros e hospitais.

    Rio de Janeiro, 06 de abril de 2020.

    SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA

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    Mestre

    Neste Dia Mundial da Saúde – celebrados em 07/04/2020 – e em tempos da COVID-19, a Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS (ABIA) vem a público lembrar que o vírus da imunodeficiência humana (causador da AIDS) – que até agora matou 38 milhões de pessoas no mundo – oferece alguns alertas necessários e emergenciais para garantirmos a saúde global.

    Há diferenças e semelhanças importantes entre estas duas grandes pandemias. A AIDS foi considerada a primeira pandemia do século XX numa época em que a saúde internacional foi reclassificada como “saúde global”. Naquela ocasião, pela primeira vez, as condições associadas à globalização econômica e social reorganizavam o modo em que as ameaças mundiais afetariam as questões de saúde nos diversos países. Hoje, a COVID-19, sob condições similares, avança rapidamente no planeta. Por isso, um passo fundamental e urgente é identificar tanto as diferenças significativas entre as duas pandemias quanto os pontos em comum.

    É certo, por exemplo, que os vírus são diferentes e possuem modos de transmissão distintos: o HIV é um vírus transmitido unicamente por meio de fluidos corporais (sangue, sêmen e leite materno). Já a COVID-19 é transmitida via toque, superfícies compartilhadas, gotículas respiratórias e contato casual. Isso tem explicado a velocidade da disseminação da infecção da COVID-19, bem diferente da disseminação do HIV. Também é certo que o HIV e a COVID-19 atuam de formas distintas no corpo humano: um vírus respiratório como o novo coronavírus, infecta o corpo humano e, em geral, após algum tratamento, a pessoa vai conseguir eliminá-lo. Já um retrovírus como o HIV pode ser controlado, mas ainda não é eliminado do corpo físico.

    A existência do tratamento é outra diferença significativa. No caso do HIV, depois do desenvolvimento de tratamentos antirretrovirais eficazes no final dos anos 1990 – para quem tem acesso a estes tratamentos – além de ter uma vida normal, adquire uma carga viral indetectável. Isto significa que a carga viral é tão baixa que não transmite mais o vírus para outras pessoas. Já no caso do novo coronavírus ainda não surgiu seja um medicamento e/ou vacina que possa contê-lo. A infecção tem sido tratada com medicamentos possíveis para alguns dos seus sintomas.

    Há pontos em comum que também devem ser observados. Enquanto o HIV é disseminado de forma relativamente devagar quando comparado à COVID-19, conforme pontuado acima, a sua trajetória pelo mundo também seguiu rotas determinadas pelo movimento populacional, e isto numa época caracterizada pelo maior índice de migração humana experimentado pela humanidade em tempos de globalização intensa. Esta semelhança cria um nexo importante entre as pandemias, com destaque para as questões de desigualdade social – que já foram identificadas como determinantes fundamentais na epidemiologia do HIV e da AIDS – e que emergem de forma cada vez mais nítida nestes tempos da COVID-19.

    Isto nos leva a outro ponto em comum: as primeiras reações sociais face às duas pandemias foram marcadas fortemente pelo estigma, pela discriminação e pela negação. Enquanto o HIV foi chamado de praga “africana” e “haitiana”, a COVID-19 tem sido classificada de “vírus chinês”, o que tem servido para alimentar o preconceito e ações de discriminação de asiáticos em vários países.

    Ainda no caso da AIDS, as manifestações de estigma e discriminação estiveram diretamente ligadas às questões da sexualidade não-normativa (homossexualidade, prostituição, etc.), ao uso de drogas injetáveis e a outras formas de comportamento usadas para justificar a vulnerabilidade dos grupos mais afetados e culpá-los por isso.

    Já no caso da COVID-19, pela natureza da sua transmissão, o problema da não normatividade tem se apresentado de forma diferente. Rapidamente ficou visível a importância de certas características de desvantagem social: ser uma pessoa idosa, especialmente quando associada a condições crônicas (como hipertensão ou diabetes) e à falta de práticas ou comportamentos vistos como ‘saudáveis’ (dieta e exercícios adequados), foi logo identificado como um fator importante para a construção da vulnerabilidade deste grupo diante da nova pandemia. Na mesma velocidade, foi produzida uma dinâmica em que uma suposta maioria mais jovem e “saudável” sente-se ameaçada por uma minoria de idosos classificada como irresponsável e perigosa. É neste lugar “da maioria ameaçada por uma minoria irresponsável e perigosa” que se constrói o nexo entre estigma e discriminação de um lado e a negação do outro.

    A negação é, portanto, outro ponto que merece atenção. No caso da AIDS, a reação inicial da maioria dos governantes, em quase todos os países, foi de negar a presença de comportamentos e grupos visto como responsáveis pelo risco de transmissão do HIV. O resultado desta negação foi a demora significativa de construir respostas para prevenção e assistência. A negação gerou a omissão, e foi necessário desenvolver uma luta durante décadas (e ainda em curso, 40 anos depois) para mobilizar as sociedades a agir contra a pandemia de HIV e AIDS.

    Na COVID-19, também vimos uma negação inicial na maioria dos países – começando pela China, e reproduzida em quase todas as nações – o que provocou a perda de um tempo precioso para a mobilização de respostas tanto na saúde pública quanto no campo da economia e do seguro social. Mas a velocidade da transmissão do vírus SARS-CoV-2 rapidamente sacudiu as lideranças políticas em muitos países. Infelizmente, a negação apareceu com destaque no discurso das políticas populistas, especialmente, as comandadas pela direita, como nos casos de Trump, nos Estados Unidos, e Bolsonaro, no Brasil.

    A ideia da construção de uma “gripezinha” que iria matar algumas poucas pessoas “fracas” e unicamente responsáveis por suas condições de vulnerabilidade (doenças crônicas que elas mesmas são supostamente culpadas por terem adquirido) permeou o discurso desses líderes em seus países e chocou o mundo. Muitos têm revisto a sua postura diante do avanço da COVID-19 em seus territórios, com exceção de Bolsonaro, que permanece espalhando desinformação e ignorância para atender única e exclusivamente os interesses econômicos de uma elite privilegiada no Brasil.

    Fora isso, é um equívoco identificar doenças crônicas como a hipertensão e a diabetes como simples doenças comportamentais, já que são resultados de problemas estruturais reforçados pela globalização. Afinal, as mudanças de dietas e o próprio sedentarismo promovido e/ou reforçado pelas indústrias de alimentos, bebida, fumo/tabaco também se globalizaram ao longo do século XX.

    Por tudo isso, é certo que a nossa capacidade de enfrentar o novo coronavírus depende, acima de tudo, da construção de uma resposta com base nos princípios éticos e políticos dos direitos humanos. Para avançar no enfrentamento da AIDS, foi necessário superar a negação, desmistificar o medo e criar medidas para enfrentar a tendência de culpabilizar as pessoas e os grupos vulneráveis, vistos erroneamente como responsáveis pela disseminação da epidemia.

    Também na AIDS, construímos laços de solidariedade e políticas de apoio capazes de combater o estigma e a discriminação. Fizemos isto em meio a um verdadeiro tsunami de medo e morte que dominava as pessoas no início da pandemia e sem nenhuma perspectiva de melhora no curto prazo.

    Neste sentido, o momento que estamos enfrentando com a COVID-19 é muito parecido com o início da pandemia da AIDS. Neste Dia Mundial da Saúde, a ABIA reforça ser imprescindível reconhecer que estas duas pandemias ilustram os grandes desafios que mobilizam a luta pela saúde global em nossa época.

    As implicações da AIDS nos deixam lições significativas. A principal delas é o vínculo entre a saúde coletiva, a solidariedade e os direitos humanos. O mundo não precisa de uma guerra contra o COVID-19 nem de outras representações bélicas, mas sim reaprender a trilhar o caminho da solidariedade. Para nós, da ABIA este vínculo é crucial nesta nova pandemia da COVID-19 e deve pavimentar todo o caminho cujo propósito é salvar vidas.

    Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS

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    Mestre

    A DEFENDA PM – Associação de Oficiais Militares do Estado de São Paulo em Defesa da Polícia Militar posiciona-se ao lado do advogado-geral da União, André Mendonça, ante a possibilidade de prisão de brasileiros que não acatarem a recomendação de governos estaduais no que diz respeito ao isolamento social.

    Mendonça lembra que medidas isoladas, prisões de cidadãos e restrições não fundamentadas na Constituição Federal abrem caminho para o abuso e para o arbítrio. E a Constituição, observe-se, não contempla este tipo medida, haja vista o isolamento social ser uma “recomendação”, não uma “ordem”.

    Vários países – e não foram poucos – recorreram à força para obrigar cidadãos a isolar-se socialmente. Cumpre observar, porém, que em todos eles a ordem foi emanada pela principal autoridade constituída e sob o amparo da Constituição.

    Do jeito que a possibilidade está colocada em nosso país, particularmente no Estado de São Paulo, corremos o risco de ver brotar uma medida inconstitucional que poderá ter apelo social dado o desespero em que se encontram nossos concidadãos.

    Ao posicionar-se ao lado do advogado-geral da União, André Mendonça, a DEFENDA PM defende a Constituição Federal, o Estado Democrático de Direito e os cidadãos que serão privados de seus direitos por medidas ilegais e arbitrárias. Não é isto o que governados esperam de seus governantes.

     

    Associação de Oficiais Militares do Estado de São Paulo em Defesa da Polícia Militar – DEFENDA PM

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    Mestre

    A Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS (ABIA) manifesta profunda preocupação com as últimas mudanças feitas pelo Presidente Jair Bolsonaro no Ministério da Saúde e com o apoio declarado a um ato pró-golpe realizado no domingo (19/04) em frente ao Palácio do Planalto. Como de praxe, após críticas, Bolsonaro já desdisse o seu posicionamento e reafirmou que o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional devem permanecer abertos. A ABIA se soma às críticas feitas a este ato, segue atenta e em defesa de qualquer ameaça à democracia no Brasil.

    No que se refere ao enfrentamento da COVID-19, contudo, Bolsonaro não só manteve a defesa da reabertura econômica como anunciou nesta segunda-feira (20/04) que a quarentena deve terminar essa semana. Embora o novo ministro, Nelson Teich, tenha afirmado publicamente ser favorável ao isolamento social, no seu primeiro discurso à nação disse estar totalmente alinhado ao comportamento desastroso de Bolsonaro no enfrentamento à pandemia da COVID-19.

    Com isso, Teich também se associou ao discurso sectário – pois o Presidente não respeita a opinião de toda a população, autoritário e altamente anti-ético de Bolsonaro. Além disso, o Presidente tem se mostrado bastante hábil em promover ignorância, confusão e em politizar um grave problema de saúde que tem afetado a vida de milhões de pessoas em todo o planeta.

    Para nós, da ABIA, o posicionamento do novo ministro e as últimas declarações de Bolsonaro colocam em alto risco a saúde da população brasileira. A mudança no comando do Ministério da Saúde não deu respostas a perguntas cruciais para o país: qual é a postura do novo ministro no enfrentamento da pior pandemia da história mundial? O novo ministro vai defender o isolamento social ou vai apoiar a flexibilização, como quer o Presidente? O Poder Executivo vai adotar uma mensagem única no enfrentamento da COVID-19? Qual é esta a mensagem?

    Preocupa-nos também a inexperiência do novo ministro na gestão da máquina pública, o seu desconhecimento sobre o Sistema Único de Saúde (SUS) e a sua longa trajetória no setor privado de saúde.  Conforme aponta o seu currículo profissional, Teich é médico oncologista, dono de uma clínica oncológica privada no Rio de Janeiro e nunca assumiu um cargo público.

    Chamou-nos atenção também a sua recente defesa da testagem em massa para responder a pandemia do novo coronavírus. Em que princípios se insere a testagem em massa proposta pelo novo ministro? Esta resposta é crucial para entendermos quais serão os parâmetros desta política de testagem no país. Diversas campanhas em curso hoje no Brasil, dentre elas, a #TesteparaTodxs, protagonizada pela ABIA e outras organizações da sociedade civil, pressionam pela oferta ampla de testes inserida no contexto da garantia dos direitos humanos.

    Ressaltamos que o colapso da área da saúde já vinha sendo anunciado. A pandemia do novo coronavírus chegou ao Brasil após ataques sistemáticos ao Sistema Único de Saúde, alguns sob o comando do então ministro Luiz Henrique Mandetta, como o rebaixamento do Departamento de AIDS.

    Hoje a resposta à epidemia do HIV/AIDS tornou-se ainda mais ameaçada pela pouca clareza de como outras patologias como o HIV, a tuberculose, câncer, entre outras, serão integradas no SUS diante da urgência COVID-19. O risco de sobrecarga do SUS coloca em cheque a integralidade do sistema de saúde público e marcar doenças como prioritárias, embora emergenciais, fere o direito universal da saúde de todos. O novo ministro assume a tarefa de dar prosseguimento ao SUS e resolver esses dilemas num sistema que ainda não sabemos bem qual o seu domínio.

    Para nosso espanto, além de apoiar um ato pró-golpe, Bolsonaro já determinou que o núcleo militar do governo supervisione a nova gestão do Ministério da Saúde. O que isto significa? Qual é o recado que a Presidência da República quer passar para a sociedade brasileira com esta determinação? A militarização do enfrentamento da epidemia, segundo nos mostra a história, colocou em risco ou violou os direitos humanos de todos os cidadãos, em especial das pessoas mais vulneráveis. Lembramos que o SUS é regido pela descentralização, participação democrática, controle social e mobilização interdisciplinar e intersetorial e não se insere no contexto de ações militares. Recentemente, a ABIA se manifestou publicamente e afirmou que “o mundo não precisa de uma guerra contra a COVID-19 nem de outras representações bélicas, mas sim reaprender a trilhar o caminho da solidariedade”.

    Repetimos: o Brasil não precisa de uma lógica de guerra. Precisamos de solidariedade.

     

    Rio de Janeiro, 20 de abril de 2020

    Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS

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    Mestre

    É com pesar que a Prefeitura de Diadema informa o falecimento, nesta quinta-feira (14), do clínico geral do Pronto Atendimento (PA) Eldorado Carlos Fernando Serizawa, vítima da Covid-19.

    A Administração se solidariza com a família, amigos e equipe de trabalho nesse momento difícil e agradece todo o empenho dedicado nos oito anos em que o profissional atuou no município.

    Nesse período, atendeu em Unidade Básica de Saúde (UBS) e Pronto Atendimento. O médico também atuava em outros municípios e residia em Mauá, onde estava internado desde 9 de abril.

    Secretaria de Saúde (Prefeitura de Diadema)

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    Mestre

    Embora o feriado civil do dia de Corpus Christi tenha sido antecipado em nossos municípios para o dia 22 de maio, a Celebração da Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo será no dia previsto pelo calendário litúrgico que rege nosso ritmo celebrativo, este ano portanto, dia 11 de junho.

    Algumas orientações sejam desde já observadas: independentemente de como já estivermos celebrando naquele dia (com alguma presença de fiéis ou não), ficam todos avisados que, em decisão tomada pelo Bispo Diocesano, reunido com os Vigários Episcopais e os Coordenadores das 10 Regiões Pastorais, não se realizem as procissões com o Santíssimo Sacramento, como está prevista no missal para esta celebração.

    Aproveitamos esta mesma nota para esclarecer que a orientação litúrgica mais correta, mesmo para tempos de pandemia, é que não se promova a comunhão eucarística fora da Celebração Eucarística, a não ser nos casos já previstos em nossos documentos eclesiais.

    Pe. Joel Nery (Vigário Episcopal para a Pastoral)

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    Mestre

    * Marcia Lia – A divulgação do vídeo da reunião ministerial em 22 de abril, que no calendário marca a “descoberta do Brasil” pelos portugueses, revela nua e crua a face perversa de um governo desumano, irresponsável com a vida, egoísta e que, na verdade, é um ajuntamento de interesses em saquear os recursos naturais do Brasil aliado ao gosto pelo extermínio de negros, de miseráveis e de desvalidos, produzidos em grande quantidade por este mesmo governo e seus genéricos nos estados.

    Causa repugnância ouvir o ministro do Meio Ambiente querendo “passar a boiada” que facilita a vida de grileiros, de madeireiros irregulares, de matadores e de poluidores nos biomas que ainda restam, usando a morte de milhares de brasileiros pela Covid-19.

    Causa vergonha ver a ministra da família (de qual?) misturando fanatismo religioso com defesa de direito humano. Causa medo ouvir a fala do ministro da Fazenda sem o filtro usado em declarações públicas: vamos vender logo essa p… de Banco do Brasil.

    Causa alergia ouvir o ministro da Educação numa fala que mescla puxa-saquismo do presidente com ataques às instituições como o STF, revelando um ressentimento que vem sabe-se lá de onde.

    Causa um dano enorme à Nação ouvir o presidente da República desfiar dezenas de palavrões para impor sua vontade pessoal de proteger os seus, de impor uma agenda suicida aos brasileiros e de privilegiar interesses de grandes grupos.

    Bando, bando, bando de aproveitadores. Não é admissível que se passe o pano para um escárnio tão revelador quanto o dessa reunião de 22 de abril, data oficial que, em 1500, começou a desenhar muitas das nossas tragédias. Basta!

    * Márcia Lia é deputada estadual pelo PT de São Paulo

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    O Consórcio Intermunicipal Grande ABC, representado pelas sete cidades da região, esclarece que recebeu com profunda surpresa e indignação, nesta quarta-feira (27/5), o comunicado feito pelo Governo do Estado de São Paulo de que a cidade de São Paulo teve uma análise separada da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) na nova fase do plano de retomada econômica do Estado.

    Vale lembrar que o Departamento Regional de Saúde (DRS1), responsável por cuidar do planejamento das ações do setor na RMSP, é o mesmo que cuida das diretrizes da Capital.

    O Consórcio Intermunicipal Grande ABC, através dos seus entes, irá se certificar do motivo dessa análise separada da Capital e voltará a se reunir nesta quinta-feira (28/5), por videoconferência, às 10h, com os prefeitos da região.

    em resposta a: Fala, Cidadão #93243
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    O que passa pela cabeça de um empresário e o que o autoriza a dirigir-se a uma autoridade policial com termos aqui impublicáveis pelo simples fato de os policiais estarem fazendo o que dela se espera? Não serve a desculpa da bebedeira visível. Antes, revela aquilo que muitos pseudopoderosos pensam a respeito das leis, de direitos e deveres, de comportamento social básico e, por fim, de educação e até mesmo de humanidade.

    A frase “aqui é Alphaville, aqui é o f…-se”, pronunciada em alto e bom som pelo empresário Ivan Storel (rendimento declarado de R$ 300.000,00 mensais), ao ser abordado por dois policiais militares em sua residência, resume o comportamento de um mundo à parte. O mundo dos que pensam estar acima da Lei e da Ordem. A autoridade policial ali estava atendendo a um chamado (pelo 190) feito pela própria esposa do empresário, que segundo ela estava embriagado e agressivo. “Desinteligência”, na linguagem policial.

    As cenas lamentáveis foram registradas em vídeo que agora corre o mundo nos grupos de WhatsApp. As ofensas dirigidas pelo empresário aos policiais militares devem ser repudiadas por todos os cidadãos de bem do país. Crueldade, ódio, desprezo, humilhação e a mera falta de educação revelam daquele empresário a face que os pseudo-poderosos sempre querem ocultar: a de bandidos comuns, ladrões de galinha. Pilhados em flagrante, apelam para um poder que não têm e para um discurso rasteiro recheado de palavrões.

    A DEFENDA PM – Associação dos Oficiais Militares do Estado de São Paulo em Defesa da Polícia Militar repudia veementemente e condena a reação e as palavras do empresário Ivan Storel, proferidas na frente da filha, no colo da mãe. Mas destaca uma verdade e responde a uma pergunta, ambas feitas por ele naquela enxurrada de palavrões.

    A verdade é que o policial militar não tem um salário digno, condizente com a realidade de São Paulo. No Estado mais rico da federação, responsável por quase 40% do PIB brasileiro, soldados da Polícia Militar arriscam a vida todos os dias, em defesa da população (e ontem estavam agindo em defesa da mulher do empresário) por um salário lamentável que deveria ser motivo de vergonha ao governador do Estado (do atual e de todos os que o antecederam). Das 27 unidades da Federação, a PM de São Paulo é a penúltima no ranking salarial!

    O outro destaque fica por conta da pergunta do empresário. “Quem você pensa que é?”. O soldado da Polícia Militar nem precisa pensar para responder: ele é uma Autoridade à qual até mesmo um empresário de R$ 300.000,00 mensais é obrigado a se curvar, quando receber ordem de o fazer. Todas estas verdades estão relatadas no Boletim de Ocorrência do qual, agora, a Lei deve tomar conta.

    DEFENDA PM

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    Comunicamos à imprensa e aos interessados em geral que a vinda do secretário estadual de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, para participar de reunião, com o presidente do Consórcio Intermunicipal Grande ABC e demais refeitos do Grande ABC, na sede da entidade regional, que iria ocorrer na manhã deste sábado (6), foi transferida para a próxima semana. Nova data e horário serão informados. 
    Edgard Brandão Junior –  (CIGABC)
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    Santo André defende o princípio da isonomia, para garantir a proteção das pessoas e evitar aglomerações. O cuidado em manter o distanciamento social preconizou, até aqui, todas as nossas ações.

    Desta forma, não faz sentido que o consumidor andreense se desloque à Capital para fazer as suas compras e também não é coerente que ocorra o inverso, aumentando o fluxo de pessoas em locomoção.

    Por isso, o aspecto regional tem forte peso para conter o avanço do novo coronavírus. Quanto mais espaçada ocorrer a flexibilização, menores as chances de aglomeração e menor a rapidez de contágio.

    Por isso, iniciamos um planejamento bastante criterioso para estabelecer a retomada gradual e segura das atividades econômicas. Decisão esta pautada pelos números positivos conquistados por meio da estruturação da Saúde, ampliação da capacidade hospitalar instalada e das ações de combate e contenção do novo coronavírus, em linha com as orientações dos órgãos de Saúde e também dos governos Estadual e Federal.

    Diversas outras práticas destacaram o município como referência no combate ao novo coronavírus, como o atendimento humanizado aos pacientes e a instalação de dois hospitais de campanha, no Complexo Esportivo Pedro Dell’Antonia e no Estádio Bruno José Daniel, além de um terceiro hospital, na UFABC, pronto para uso que, juntos, totalizam mais de 400 novos leitos para pacientes de Covid-19.

    Essas ações, somadas aos Pit Stops da Prevenção, tendas de orientação, aferição de temperatura, disponibilização de álcool em gel, distribuição de máscaras, sanitização de ruas e calçadas, além de uma ampla testagem em massa, que já testou mais de 20 mil pessoas da linha de frente de serviços essenciais, nos habilitaram a apresentar um plano seguro para retomar algumas atividades.

    Com o objetivo de evitar o aumento da circulação de pessoas até a Capital e, consequentemente, a circulação do coronavírus, publicamos no último sábado (6) decreto para a reabertura de concessionárias, revendedoras de automóveis e escritórios de prestação de serviços, sempre atentando ao protocolo sanitário de distanciamento seguro, controle de fluxo, horário reduzido e disponibilização de álcool em gel 70%.

    E, na tarde desta segunda-feira (8), recebemos prazo de 72 horas para nos manifestarmos ao Ministério Público, que acatou a nossa petição. Movimento que nos deixa otimistas de podermos avançar à faixa laranja do Plano São Paulo do Governo do Estado, que libera a reabertura parcial de alguns serviços.

    Com a taxa de ocupação geral de leitos para tratamento de Covid-19 em 46% (públicos e privados), Santo André está credenciada à flexibilização que o plano estadual propõe, sempre pautada na Saúde, na Ciência e também na decisão da Justiça, aspectos amplamente defendidos pelo governador João Doria na última coletiva de imprensa.

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    Mestre
    O Governo do Estado de São Paulo reclassificou, nesta quarta-feira (10/6), o Grande ABC no Plano São Paulo, que trata da reabertura gradual da economia.
    Com a reclassificação, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra passam, a partir da próxima segunda-feira (15/6), da fase 1 (faixa vermelha), com funcionamento permitido somente aos serviços essenciais, para a fase 2 (faixa laranja), que possibilita aberturas com restrições.
    O Consórcio Intermunicipal Grande ABC reforça que os municípios da região vinham cumprindo todos os critérios determinados pelo Governo do Estado para a retomada gradual e consciente.
    A partir deste momento, os municípios do Grande ABC começam a traçar seus planos de retomada gradual e consciente, com responsabilidade e controle. Cada prefeitura irá publicar o seu decreto municipal, de acordo com as peculiaridades de cada cidade, em relação à retomada das atividades de acordo com o plano elaborado do Governo do Estado.
    Ressaltamos que a participação e colaboração da sociedade são fundamentais para conter o avanço da pandemia e manutenção do Grande ABC na fase 2 (faixa laranja) do Plano São Paulo.
    As prefeituras reiteram que a população deve continuar colaborando com o isolamento social e protocolos de higiene, saindo de casa somente se for estritamente necessário, para mitigar os danos da contaminação pelo novo coronavírus (Covid-19).
    Lembramos que o Comitê de Contingência do Coronavirus faz análise quinzenal dos critérios e indicadores dos municípios e sem a colaboração da população a região pode voltar para a fase 1 (faixa vermelha), de alerta máximo.
    Consórcio Intermunicipal Grande ABC
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    Mestre

    O Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) lamenta o falecimento do empresário Nevaldo Rocha, fundador do Grupo Guararapes, dono das lojas Riachuelo.

    Ele iniciou sua trajetória pioneira de empreendedorismo no Nordeste, na década de 40, quando abriu sua primeira loja em Natal, chamada A Capital.

    Nevaldo Rocha é pai do conselheiro e ex-presidente do IDV Flávio Rocha. A toda a família do empresário, os sentimentos do IDV.

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    Nessa era de nuvens invisíveis e intáteis, na quais se podem armazenar raios e trovões, vira e mexe, lembro-me do meu pai na sacada do sobrado da rua Bom Jesus, na Cidade Alta, em Piracicaba, interior paulista.

    Ele carregava o meu imaginário de encantamentos toda vez que me chamava para enxergar as incríveis figuras mutantes que se desenham incessantemente no ritmo de nuvens. Você sabe?! Estou tentando aqui descrever um pouco do eternamente Divino cinema transcendental que jamais nos cobra ingresso algum para ser apreciado. É só levantarmos as cabeças.

    A madrinha Lua? Ah! Ela igualmente me é platonismo puro, desde então. Arcanjo manjava das coisas. E tamanhos presságios sustentam a gente vida adentro. Isso é legado real!

    Professor de Latim, Português e Assistente Social, Arcanjo Porrelli trabalhava no SENAI quando passou para o lado de lá das nuvens. Eu tinha oito anos. Lá se vão mais de cinco décadas. Ele lia Monteiro Lobato para mim. Produzia e revelava as fotos da família; fazia os nossos brinquedos de madeira. Carpintaria, marcenaria e fotografia eram algumas das suas paixões. Mas, aos 48 anos, Deus o chamou. Pudera, com esse nome.

    Vale destacar que os anos eram 60… Entretanto, permita-me: melhorou alguma coisa de lá para cá? Ora! Sejamos sinceros…

    Bem! Na inevitável espiral atemporal de todos nós, sigo montando os meus quebra-cabeças. Contudo, a mais enfadonha constatação é que, se não nos cuidarmos, seremos devorados pelo excesso e mal uso de tecnologias. Porque, cá entre nós, as respostas certeiramente não virão das redes sociais. Não mesmo.

    Quer saber? Vou para a sacada observar as nuvens.

    Paulo de Tarso Porrelli é escritor e jornalista.

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    Mestre

    * Paulo de Tarso Porrelli – Eu morava em Lisboa e numa manhã de sábado de céu azul de primavera ouvi, pela Rádio Renascença, um especial sobre a vida e a obra do genial cantor e compositor Luiz Melodia. Do outro lado do Atlântico a forte emoção pareceu-me sonho de gramofone. A voz vibrante do “Negro Gato” cintilou como “Pérola Negra” em minha mente; ora decepcionada com o desserviço musical da maioria das rádios brasileiras.

    Peculiaridades para lá, dez anos antes o Luiz Melodia, sempre acompanhado do célebre violonista Renato Piau, tinha shows marcados para uma sexta e um sábado à noite no Teatro Municipal, em Piracicaba, interior paulista.

    Eu trabalhava como DJ numa FM da cidade. Os LPs do nosso saudoso gigante da MPB já estavam selecionados. De segunda a sexta eu tocava, das 18 às 19 horas, composições de músicos brasileiros. Os dias eram de inverno e eu usava botas de meio cano elástico, de couro rústico e com solas de pneu, confeccionadas pela “Selaria Record”, próxima à estação rodoviária central.

    Encontrava-me sozinho no estúdio. Estava concentrado no meu ofício de levar ao ar alegria, cultura, informação positiva e entretenimento a aguçar o imaginário dos ouvintes. E na mesma medida seguia absorto e embevecido pelo lírico conteúdo poético das letras e arranjos que eu ia mixando nas pontas das agulhas das “sonatas” ao meu dispor. Tínhamos poucos “breaks” comerciais e consequentemente tocávamos mais músicas por hora.

    Do trabalho – com ingressos comprados para as duas noites – fui direto para os espetáculos. Sou “rato de plateia”. Arte é meu alimento. Uma vez ajudei a equipe do Gilberto Gil a descarregar todo o equipamento duma comprida carreta e depois me entoquei no backstage até a hora da apresentação num clube local. O lendário contrabaixista Luizão me deu a maior força ao perceber a minha paixão pela música. Gil e Banda estavam em plena turnê de lançamento do épico long play Luar. E eu não tinha dinheiro para comprar o ingresso. Mas deixemos essa prosa para outra hora.

    Já passava das quatro da tarde quando me levantei para tomar água e súbito, plantado na porta, estava o Luiz Melodia a observar toda a minha performance; já fazia alguns instantes.

    – Bicho, que bota legal a que você veste!

    Minha cara de caipira denotou interrogação. Pensei que fosse gozação boa de carioca sangue bom.

    – Estou falando sério “italiano”. Onde você a comprou?

    A conversa se estendeu por algum tempo e o Melodia me contou também que preparava um novo trabalho musical. E a canção “Passarinho Viu” contaria com a participação da esposa dele; Jane Pinto dos Reis.

    Depois dos dois shows eu caí nas madrugadas subsequentes feito anfitrião oficial do artista. Horas agradáveis e inusitadas cravadas eternamente em minha memória.

    O tempo passou. Um dia deparei-me com uma entrevista do Melodia à revista Veja. Uma matéria sobre o seu novo disco com o sucesso “Passarinho Viu”. E adivinhem qual era a imagem em primeiro plano na foto do Luiz Melodia recostado numa cama ao lado da mulher e do filho Mahal Reis?! Exatamente: a bota da “Selaria Record”.

     

    Salve Luiz Negro Gato

    Viva Melodia do Morro

    Fizestes canções de fino trato

    A este Brasil que pede Socorro

     

     

    * Paulo de Tarso Porrelli é escritor e jornalista

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