Quando, no recente Correntes d’Escritas, um dos maiores acontecimentos literários de Portugal, em Póvoa do Varzim, cidade onde nasceu o grande Eça de Queiroz, envolvendo 80 escritores de língua portuguesa e espanhola, contei da Viagem Literária do Estado de São Paulo em um debate, ouvi deles: então, no meio de tanta notícia ruim sobre o país, alguma coisa boa acontece pela cultura, pela literatura?
Portanto, não é apenas opinião minha, que venho participando há anos. Tantos que tenho medo que ao me verem as plateias digam: ele de novo? Este é um programa pelo qual sempre bati, pelo qual os escritores lutam para serem inseridos, e as cidades pedem sua presença. O formato é simples, e funciona. Autores fazem encontros em cidades seguidas, em determinada região. Sempre na biblioteca. A plateia ouve, pergunta, também conta histórias.
Nada melhor para atrair uma criança, jovem, e por que não um adulto, que uma história? Sabemos que hoje competimos com celulares, tablets, vídeo games, toda aparelhagem tecnológica. No entanto por 35 anos de experiência em viagens e encontros, sabemos que a presença de um autor tem um efeito diferente, carismático.
Estar ali com quem escreveu a história, inventou tudo aquilo, prendeu a atenção tem algo de mágico. Isso que as Viagens Literárias têm feito: criam espaços mágicos pelo interior, incentivam, imaginam e fantasiam e mudam a vida cotidiana.
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