Da Redação – Lançada em 1º de dezembro, a Operação Guarda-Chuva 2015/2016 da Prefeitura de São Bernardo realizou no primeiro mês 59 atendimentos. Nenhum deles apresentou ocorrências graves, segundo levantamento da Defesa Civil. A maioria foram casos rotineiros, como risco de deslizamento e queda de árvores e quebra de tubulações de água, cujas demandas foram encaminhas à Administração e concessionárias de serviços públicos (municipal ou estadual).
Em apenas um caso houve necessidade de interdição de moradia (Vila Esperança) por risco de deslizamento. A família recebeu atendimento e foi orientada a procurar a Secretaria de Habitação para ser inserida no programa Renda Abrigo.
A Operação Guarda-Chuva promove ações para orientação e prevenção de situações de risco quanto a inundações, deslizamentos e alagamentos. A iniciativa prevê, ainda, mutirões informativos nos setores de risco, por meio de reuniões com líderes comunitários, conselheiros, em Escolas Municipais de Educação Básica (EMEBs) e Unidades Básicas de Saúde (UBSs).
A medida se estende até o dia 15 de abril, envolve 12 secretarias, 400 agentes públicos e 160 voluntários treinados de 29 comunidades que integram os chamados Núcleos de Proteção e Defesa Civil (Nupdecs). O índice pluviométrico na cidade, em dezembro, foi de 135,26 milímetros.
O secretário de Serviços Urbanos, Tarcisio Secoli, destacou que desde 2009 a Prefeitura vem agindo de forma preventiva para evitar mortes por inundações ou deslizamentos. “Se em 2005 houve o registro de sete mortes por deslizamentos, desde 2010, quando iniciamos a Operação Guarda-Chuva, não teve mais nenhuma. Mas, para termos de fato uma cidade mais segura, é preciso o envolvimento e colaboração da sociedade, que deve cuidar para que lixo e entulho não sejam jogados nas ruas e em áreas sujeitas a deslizamentos.”
O trabalho é intensificado no período das chuvas, entre dezembro e abril, mas a Prefeitura realiza importantes serviços no dia a dia, ao longo de todo o ano, que contribuem para a redução de riscos na cidade. Entre as ações de combate às cheias e outros problemas causados pelas chuvas de verão estão a limpeza de ruas – são varridos 16 mil quilômetros de vias – e limpeza das 5 mil bocas de lobo para facilitar o escoamento da água.
Outra medida que ajudou a manter as ruas limpas foi a instalação de oito mil lixeiras fixas em postes, nas quais se pode depositar papel, papelão, latas e outros materiais de pequeno porte, mas que podem ser levados pela água da chuva e entupir bocas de lobo.
Destaque também para a implantação de 200 Pontos de Entrega Voluntária (PEV), nos quais a população deve descartar materiais recicláveis, além de dez ecopontos, equipamentos localizados em locais estratégicos e destinados ao recebimento de resíduos de construção, entre outros.
A coleta seletiva porta a porta, modelo iniciado em junho de 2009 pelo Bairro Rudge Ramos e que hoje cobre 100% do território de São Bernardo, é outra medida relevante entre as ações destinadas à preservação ambiental, geração de renda, e, indiretamente, na redução de riscos.
Mensalmente são recolhidas cerca de mil toneladas de materiais recicláveis – papel, plástico, vidro, metal e madeira –, cerca de 5% de tudo que é descartado na cidade. Isso significa evitar que milhares de sacos de lixo sigam para as bocas de lobo e córregos em caso de chuva forte.
Áreas de risco – A quantidade de áreas consideradas de risco em São Bernardo, que podem sofrer escorregamentos, inundações ou alagamentos, diminuiu de 63, em 2010, para 42, em 2014. É o que indica o mapeamento feito pela Prefeitura por meio do Plano Municipal de Redução de Riscos (PMRR). O documento é atualizado anualmente antes do período das chuvas de verão. Ainda de acordo com o levantamento, houve redução na quantidade de setores de risco na cidade, que passou de 203 para 130 no mesmo período.
A redução é resultado de obras para a eliminação de situações de risco, como o tratamento de encostas e estabilização de taludes e a remoção de 1.980 famílias de áreas de risco. Essas famílias foram encaminhadas aos programas habitacionais da Prefeitura e parte delas já foi contemplada, pois, desde 2009, foram entregues 4.518 moradias pela atual Administração.
O PMRR também apontou a necessidade de 61 obras para eliminar situações de risco na cidade, sendo que 37 já foram entregues, cinco devem ser concluídas no primeiro semestre de 2016 e outras 19 estão em fase de contratação. As intervenções beneficiam mais de 7.700 famílias que estavam em áreas de risco.
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