Da Redação – O chefe geral do Centro de Oncologia do Hospital São José de São Paulo, Antônio Carlos Buzaid, foi ouvido pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as pesquisas sobre a fosfoetanolamina sintética, popularmente conhecida como a pílula anticâncer.
“Não sou capaz de opinar. Não vi o relatório e nem acompanhei a continuidade da pesquisa”, declarou Buzaid sobre o levantamento feito pelo Instituto do Câncer de São Paulo Octavio Frias de Oliveira (Icesp) sobre a substância.
A pesquisa teve o protocolo final aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e foi suspensa em março do ano passado.
O oncologista comentou que já concedeu entrevistas à imprensa em que se posicionava contra a eficácia da molécula no tratamento do câncer. “Por meio de exames de imagem, já acompanhei pacientes que recorreram à ‘pílula do câncer’ e comprovei que não houve efeitos”, declarou.
Durante a reunião, a comissão recebeu manifestações de apoio às investigações – dentre elas, um abaixo-assinado da cidade de Iacanga, contendo 2.500 assinaturas. “Para nós, que moramos em cidade pequena, é muito importante que essa CPI investigue sobre essa pesquisa da fosfoetanolamina. O custo do tratamento para o câncer é muito alto, e com essa pílula o custo ficaria acessível”, disse o jornalista que entregou o documento à comissão, Carlos Cardoso.
Outras cidades do interior, como Américo Brasiliense, Araraquara, Ibitinga, Leme e Pirassununga, também manifestaram apoio. “Estamos nos esforçando para que os estudos continuem, mas antes precisamos verificar se o dinheiro público que foi utilizado na pesquisa do Icesp seguiu as regras previstas”, disse o presidente da CPI, deputado Roberto Massafera (PSDB).
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