Da Redação – A Polícia Militar de São Paulo deteve oito pessoas por depredação após o protesto contra o aumento da tarifa convocado pelo Movimento Passe Livre na tarde de quinta-feira (14), em dois locais diferentes da Capital. Por volta das 17h, um grupo que saiu do Theatro Municipal, no Anhangabaú, e seguiu até a Avenida Paulista. Após 21h, alguns criminosos quebraram os vidros da Estação Consolação e tentaram entrar no metrô, mas tiveram que retornar ao perceber que os portões internos estavam fechados.
Dois deles foram presos em flagrante e vão responder, além de dano qualificado ao patrimônio, por resistência e porte de entorpecente. Uma terceira pessoa também irá responder por resistência. Os outros cinco foram encaminhados ao 78º Distrito Policial (Jardins), onde foram qualificadas e liberadas.
Um vídeo, obtido pela Secretaria da Segurança Pública, mostra a prisão em flagrante de dois baderneiros que quebraram os vidros. Ao perceber a presença da imprensa, um deles se debate e tenta sair, mas logo é contido novamente pelos policiais. A dupla estava com uma bomba e planejava detonar dentro da estação.
O segundo movimento partiu do Largo da Batata, também às 17h, e encerrou o ato se encerrou em frente à Estação Butantã do Metrô. Houve tumulto e um grupo de baderneiros soltou morteiros dentro da estação, por volta das 21h. Um criminoso foi detido ao puxar o freio de emergência de um dos trens e interromper a circulação. Ele também foi preso.
A PM recebeu ainda informações de que um black bloc, por volta das 19h15, teria se ferido ao tentar soltar uma bomba próxima ao Hospital Pérola Byington. Ele foi socorrido pelos manifestantes. Ao todo, a PM estima que duas mil pessoas participaram do ato. A Polícia Militar irá divulgar um balanço das operações policiais das duas manifestações desta quinta-feira.
Reunião prévia – O secretário de Segurança Pública, Alexandre de Moraes, convidou as lideranças do movimento para participar de audiência pública, na manhã de hoje, que definiria o planejamento do trajeto. Contudo, a audiência não pode se concretizar, em razão do não comparecimento das lideranças do movimento. Durante a tarde, o MPL divulgou em redes sociais o caminho – o que permitiu as autoridades a planejar o fechamento das vias e mudar as linhas de ônibus. A PM, desta forma, conseguiu diminuir o transtorno para o restante da população que não aderiu ao ato, além de garantir a segurança dos manifestantes. A definição do trajeto contribuiu para que o ato seguisse de maneira pacífica e sem confrontos na maior parte do tempo.
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