* Danilo Piccolo e ** Tatiana Guinoza Matuda – Você já parou para pensar como o ketchup do seu lanche chegou até a sua mesa? Não se esqueça: um dia ele já foi tomate!
Todo o processo desenvolvido entre a colheita do tomate até o produto final chegar à mesa do consumidor conta com a Engenharia de Alimentos, numa série de aplicações e etapas, tais como: controle de qualidade da matéria-prima, desenvolvimento da formulação do produto, o processo produtivo, o controle de qualidade, a escolha da embalagem, a logística e o tempo de conservação.
A Engenharia de Alimentos também permite atuar em áreas como desenvolvimento de novos produtos e ingredientes alinhados às tendências de mercado como os plant based e “livres de”, inteligência de marketing, vendas técnicas, assuntos regulatórios, fiscalização, projetos de equipamentos e instalações para a indústria de alimentos, consultorias, pesquisas acadêmicas e até as Foodtechs (startups de tecnologia de alimentos).
O propósito principal da Engenharia de Alimentos é, por meio da industrialização, levar alimentos seguros às prateleiras dos supermercados e à mesa dos consumidores. A industrialização aumenta a disponibilidade e torna possível que mais pessoas tenham acesso a uma ampla variedade de alimentos para sua nutrição e desenvolvimento. Essa área de atuação também tem papel fundamental nos objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU (Organização das Nações Unidas), principalmente no reaproveitamento de resíduos e na redução do uso de água e de energia nas operações industriais.
É importante destacar, ainda, que o setor de alimentos é um dos que mais cresce no Brasil mesmo em tempos de crise. Dados da ONU e do USDA (United States Department of Agriculture) revelam que a produção de alimentos no mundo deverá crescer 20 % até 2030 e somente o Brasil deve expandir sua produção em 40 %. Atualmente, somos o segundo maior exportador de alimentos industrializados do mundo num mercado em expansão. Em 2019, segundo a ABIA (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos), foram investidos R$ 22,3 bilhões em novas fábricas, ampliações e fusões, o que mostra as boas perspectivas de carreira para aqueles que optarem pela Engenharia de Alimentos.
* Danilo Piccolo é Engenheiro de Alimentos pelo Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) com mestrado pela mesma instituição, pós-graduação pelo Audubon Sugar Institute, MBA pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e certificado de Project Management Professional (PMP) pelo Project Management Institute (PMI) desde 2011 ** Tatiana Guinoza Matuda é Graduada em Engenharia de Alimentos pela Universidade Estadual de Campinas, mestre em Engenharia Química pela Universidade de São Paulo e doutora em Engenharia Química pela mesma Universidade. Atualmente é Professora Associada do Instituto Mauá de Tecnologia
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