Da Redação – Algumas vagas oferecidas em cursos da USP (Universidade de São Paulo) pelo Sisu 2018 (Sistema de Seleção Unificada), principalmente pelas cotas de escola pública (EP) e raciais (PPI), exigiram notas mínimas tão altas no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) que, em alguns casos, houve menos candidatos inscritos do que vagas oferecidas.
O professor Gilberto Alvarez, diretor executivo do Cursinho da Poli, não poupou críticas. “É ainda uma exceção o aluno de escola pública entrar em cursos na USP. Com essas exigências tão altas de notas mínimas, torna-se mais difícil entrar pelo Sisu do que pela própria Fuvest – e deveria ser o contrário. O Enem tem como principal base democratizar o acesso à universidade”, questiona.
Para Alvarez, o atual sistema facilita a elitização do processo seletivo para o Sisu. “Ao não considerar alunos com médias menores que 800 bons alunos, há uma elitização no processo. Tendo em vista a desigualdade entre os alunos da instituição, fica claro que a inclusão efetiva depende de uma mudança de atitude por parte da USP”, destaca.
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