No Dia do Cozinheiro, profissionais dos restaurantes populares falam sobre a profissão

Texto: Iara Santos Luz – Foto Dino Santos

Da Redação – Cozinhar além da tarefa do preparo da comida também é nutrir, servir e produzir algo gostoso que dá prazer ao comer. O cozinheiro ao exercer a sua profissão trabalha com todos esses elementos que são primordiais à vida humana e que traz responsabilidade para quem pratica todos os dias a arte de misturar temperos e ingredientes usando a inspiração, criatividade e versatilidade.

Por tudo isso, é que hoje, dia 10 de maio, se celebra o Dia do Cozinheiro (a). A data não se sabe ao certo quando foi instituída no Brasil, mas o que vale é que uma das profissões mais antigas do mundo merece ser comemorada e valorizada.

Já na Idade Média, o cozinheiro se destacava pelos grandes banquetes preparados à realeza e muitos pratos que apreciamos atualmente foram inventados neste período. O cozinheiro ou cozinheira pode trabalhar em vários lugares, entre eles restaurantes, hospitais, empresas, escolas e em casas de particulares.

Quem gosta do que faz e já está na profissão de cozinheiro há mais de 12 anos é Antônio dos Santos Silva e Maria Carmélia Simplício dos Santos. Ambos trabalham nos restaurantes populares da Prefeitura de Diadema – Antônio na unidade Campanário e a Maria no Serraria – e, diariamente, com a comida que preparam, alimentam centenas de pessoas que passam nos locais na hora do almoço.

“Eu comecei como ajudante de cozinha no ano de 2010 e com os cursos que fiz na Prefeitura eu me tornei cozinheiro”, conta o pernambucano de São Bento do Una, casado, pai de dois filhos e que ainda tem tempo de preparar o jantar quando chega em casa depois do trabalho. “É assim. Se eu chego primeiro já vou logo fazendo a janta. Se é a mulher ela também coloca a mão na massa”, diz.

Antônio ressalta que um dos pratos que mais tem prazer em preparar é costela de boi. “Eu faço uma receita própria que fica uma delícia e minha família gosta muito”. Consciente do trabalho que faz, que é alimentar pessoas, Antônio revela o que sente quando está na função de cozinheiro no Restaurante Popular Campanário “É muito importante, pra mim, saber que tem muitas pessoas que vêm aqui, para almoçar, e nas suas casas, muitas vezes, não tem o que comer. Aqui eles encontram comida boa, feita com limpeza e muito carinho. Isso é gratificante”, afirma.

Maria Carmélia, do Restaurante Popular do Serraria, também tem satisfação em ser cozinheira. Ela conta que já teve lanchonete, foi metalúrgica, trabalhou com ajudante de produção em uma empresa e que em 2015 foi trabalhar na unidade do Serraria. “Parecido com a trajetória do Antônio eu também comecei como ajudante de cozinha, fiz cursos, e depois de algum tempo passei para cozinheira”, esclarece.

Segundo a profissional, cozinhar para ela é um ato de amor. “Amo o que faço e, para mim, se a pessoa não trabalha com o que gosta não adianta”, diz.

Moradora de Diadema, Carmélia também é casada e mãe de dois filhos. Ela afirma que o segredo da boa comida está nos temperos e no preparo dos ingredientes. “Eu adoro fazer carne de panela. É uma comida simples, mas muito gostosa. A comida não é só alimento. É algo mais. Sabe, quando vou preparar as refeições, aqui no trabalho, eu oro. Eu sei que o que estou cozinhando vai alimentar muita gente”, finaliza.

Os dois restaurantes populares, do Campanário e do Serraria, fazem parte de um programa alimentar municipal que a Prefeitura de Diadema realiza com o objetivo de levar comida a preço popular (R$ 2,00) para os moradores de Diadema. Somando os pratos servidos nas duas unidades, o número de refeições produzidas/dia é 1.875, sendo no Campanário 825 e no Serraria 1.050.

Além dos dois entrevistados, mais de 200 profissionais da cozinha, entre cozinheiros, auxiliares e ajudantes, trabalham em outros setores municipais da cidade. São eles: escolas, creches, unidades de saúde, hospitais e refeitórios de servidores.