Da Redação – Natália Gaudio fez uma mistura de ritmos para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro e deixou a maior surpresa para o principal aparelho. No arco, apostou na música Smells Like Teen Spirit, da banda norte-americana Nirvana, em uma coreografia recém-criada pela ucraniana medalhista olímpica Anna Bessonova. O objetivo da representante brasileira na ginástica rítmica individual é surpreender a todos dentro de casa.
Os treinamentos da ginasta da Seleção Brasileira Individual seguem a ‘todo vapor’ na corrida contra o tempo em busca da ‘perfeição’. “O ano de 2016 já começou com a montagem da nova série de arco com a Bessonova. Agora, com a coreografia pronta, começamos a passar a série inteira como preparação para os Jogos Olímpicos. Leva um tempo até acostumar e pegar ritmo, então estou repetindo bastante. Os treinos continuam bem puxados. Depois do Mundial do ano passado não paramos mais”, comentou a capixaba de 23 anos.
Na ginástica rítmica, o processo de montagem das séries é fundamental para o sucesso de uma atleta, já que, na competição, é no pequeno período de pouco mais de um minuto que a ginasta pode mostrar todo o trabalho. Nesse quesito, Natália se sente totalmente satisfeita. Primeiro, pela escolha da música. “Nós – Natália e a técnica Monika Queiroz – queríamos um ritmo diferente das outras séries. Então, desde o ano passado pesquisamos muito e encontramos várias opções, até chegar na Smells Like Teen Spirit. É uma música que sempre gostei e que é mundialmente conhecida. Levamos em conta isso também, porque queremos levantar o público, que todos cantem e se envolvam”, destacou.
Depois da escolha da música, Natália contou com o auxílio da ucraniana Anna Bessonova, dona de dois bronzes no individual geral em Jogos Olímpicos. A interação entre as duas foi a melhor possível e acrescentou muito dentro e fora de quadra. “Eu confesso que me impressionei e me surpreendi com a Bessonova. Ela é simples, humilde, atenciosa, super querida, me deu total atenção em cada detalhe, me passou movimentos que ela fazia quando ginasta e aprendi com isso. A combinação foi perfeita, porque a Bessonova foi uma ginasta maravilhosa no arco, que é o aparelho que mais gosto. Estou apostando bastante nessa série. As pessoas que viram até agora estão adorando, o ritmo é empolgante e a coreografia está encaixada em cada batida da música. A Bessonova se entregou mesmo para fazer essa série olímpica, até porque ela tem esse espírito. Foi um sentimento inexplicável tê-la ao meu lado, porque ela sempre foi uma inspiração para mim. A série ficou maravilhosa, tem elementos diferentes e bastante do estilo ucraniano, do qual sou muito fã”, explicou.
Mesmo com vaga garantida nos Jogos Olímpicos, Natália será uma das participantes do evento-teste, na Arena Olímpica do Rio de Janeiro, na Barra da Tijuca, no dia 22 de abril. Essa oportunidade de conferir de perto o palco das Olimpíadas será incrível, segundo a brasileira. “Acho que quando eu entrar no ginásio é que vai cair a ficha que estou classificada para a maior competição esportiva do mundo. Cada dia que passa dá um pouco mais de ansiedade e um friozinho na barriga em pensar que está chegando. Acho que depois do evento-teste, com essa primeira impressão, dará uma aliviada”, confessou.
Antes do evento-teste, Natália fará um estágio de treinamento em março e participará do Internationaux de Thiais, na França, e da Copa do Mundo de Pesaro, na Itália. Depois da competição na capital fluminense, a brasileira terá um calendário extenso em preparação para os Jogos Olímpicos, com treinos e competições internacionais e também eventos nacionais.
Além da nova série no arco, Natália tem no repertório a música Bandolins, de Oswaldo Montegro, na bola, Drácula, de Wojciech Kilar, nas maças, e Ibiza Dance, da Bateria da Mocidade, na fita.
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