Narrativas Pretas traz bate-papo, sarau, encontros sobre negritude e feminismo

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Da Redação – O Sesc Avenida Paulista recebe durante o mês de outubro o coletivo Sarau das Pretas com uma série de atividades voltadas ao compartilhamento dos saberes e vivências que estruturam o seu trabalho.

A programação “Narrativa Pretas”, que acontece de 23 a 27 de outubro, propõe o diálogo com o público sobre o protagonismo feminino e negro, como também a história de luta e resistência da periferia. Serão bate-papos, oficinas e sarau que resgatam a ancestralidade e produzem reflexões acerca do preconceito e da intolerância.

Confira a programação:

CENOPOESIA – Com Jô Freitas

No cenário de Saraus Literários e Slams de poesias, o corpo se torna um elemento fundamental para a expressão da palavra. Nesse encontro, por meio de jogos cênicos e exercícios de construção poética, os participantes poderão vivenciar as possibilidades de construção poética através do corpo.

Os participantes vivenciarão exercícios de consciência e expressão corporal individual e coletivamente aliado à concepção de construção poética. Ao final haverá a apresentação de performances, cenas e poesias desenvolvidas na atividade.

Quando: 23 de outubro Horário: às 19h30 (terça) Ingressos: Grátis – não é necessário retirar ingressos na Biblioteca (15º andar) Livre

 

ESCRITA CRIATIVA MJIBA: ESPALHANDO SEMENTES DA LITERATURA NEGRA FEMININA – Com Elizandra Souza

A palavra Mjiba é originária de Zimbabwe, da língua xona (falada em alguns países africanos), significa Jovem Mulher Revolucionária. Mjibas foram mulheres guerrilheiras que enfrentaram as tropas britânicas e lutaram pela independência do seu país. Este nome foi escolhido por apresentar o protagonismo de jovens mulheres negras, nas mais diversas linguagens artísticas.

Escrita Criativa Mjiba – Semeando a Literatura Negra Feminina, traz a proposta de apresentar escritoras negras femininas periféricas, visibilizar suas produções e exercitar o fazer literário, no intuito de valorização da mulher negra e sua criação artística literária e da cultura afrobrasileira, fortemente presente nessa literatura. Fomentar e difundir a produção literária negra feminina é pluralizar suas vozes e considerar que elas assumem um importante papel social e para a cultura negra popular.

Quando: 24 de outubro Horário: às 19h30 (quarta). Ingressos: Grátis – não é necessário retirar ingressos, na Biblioteca (15º andar) Livre

 

FEMINISMO, MACHISMO E RACISMO NAS RELAÇÕES DE GÊNERO – Com Débora Garcia

Entendendo a importância de discutir esses temas, o encontro procura trazer elementos para se discutir essas questões, além de indicar conteúdos para quem desejar se aprofundar nesses temas.

Por meio de dinâmicas de grupos, leitura dirigida, e a partir do conhecimento de cada um, os participantes terão acesso a conceitos sobre o feminismo, machismo e racismo, tendo a possibilidade descontruir e/ou construir paradigmas sobre esses temas.

A proposta é construir um espaço de livre debate, e ao final do encontro, os (as) participantes construirão coletivamente um painel artístico, com colagens e textos sobre o que representou a atividade.

Quando: 25 de outubro Horário: às 19h30 (quinta). Ingressos: Grátis – não é necessário retirar ingressos, na Biblioteca (15º andar) Classificação: Livre

 

ANCESTRALIDADE NO TOQUE E MOLEJO NO JO(N)GO DA VIDA – Com Taissol Ziggy e Thata Alves

A valorização das danças populares e de matrizes africanas é uma das linhas de atuação do Sarau das Pretas, sendo o jongo a mais expressiva, devido à tradição jongueira da percussionista do grupo.

Nas culturas tradicionais de matrizes africanas a música e a dança têm um forte papel ligado à socialização, à transmissão oral de saberes e valores contribuindo assim para a preservação e transmissão desses valores entre as gerações. O jongo além de proporcionar todas essas vivências é uma das danças afro-brasileiras mais populares e foi declarado Patrimônio Imaterial da Humanidade pela UNESCO. No entanto essa dança tradicional e toda a sua simbologia e bagagem cultural não chegam a muitos brasileiros, e o Sarau se torna uma ferramenta para a socialização desses conhecimentos. Assim, nesta oficina, os participantes terão acesso aos conceitos que sedimentam essa cultura tradicional e também terão a vivência com o Jongo, aprendendo os toques, os passos e a dinâmica da dança.

A oficina será desenvolvida em dois momentos. O primeiro será a parte expositiva de apresentação do conteúdo histórico, social e cultural do jongo. O segundo momento será destinado à vivência com o jongo, aprendendo os toques, os passos e a dinâmica da dança. Na formação tradicional de uma roda de jongo, reúnem-se um casal e no mínimo dois tambores, chamados de tambu e candongueiro. Assim, os participantes poderão entender fielmente a dinâmica do jongo, além de terem maior respaldo na realização da atividade.

Quando: 26 de outubro Horário: às 19h30 (sexta). Ingressos: Grátis – não é necessário retirar ingressos. Onde: Praça (Térreo) Livre

 

NOSSOS PASSOS VÊM DE LONGE – Com Sarau Das Pretas

O Sarau das Pretas convida o público a participar de um sarau dedicado à ancestralidade negra.

Diante do cenário de empoderamento feminino pela garantia dos direitos das mulheres, jovens escritoras negras atuantes nas periferias da cidade de São Paulo, têm revelado por meio da literatura, de seus tambores e de seus corpos, as realidades de viver o feminino e o feminismo. Neste contexto foi criado o Sarau das Pretas, formado por Débora Garcia, Elizandra Souza, Jô Freitas, Taissol Ziggy e Thata Alves.

Quando: 27 de outubro Horário: às 19h30 (sábado) Ingressos: Grátis – não é necessário retirar ingressos Onde: Praça (Térreo) Livre

 

DIÁLOGOS SOBRE A ANCESTRALIDADE – Com Ana Koteban, Nega Duda, Dirce Thomaz | Mediação: Jô Freitas

Ana Koteban (Integrante da Cia. Ballet Afro Koteban, Cientista Social e Pesquisadora de Cultura Mandingue do Oeste Africano), Débora Garcia (poetisa e gestora cultural com ampla experiência nas áreas do livro e da literatura, é também idealizadora e artista no coletivo Sarau das Pretas, sarau literário da cidade de São Paulo, protagonizado por mulheres negras) e Dirce Thomaz (Atriz, Diretora, Professora de Teatro e Militante dos Direitos Humanos e dos Negros, Fundadora da Cia. Invasores de Teatro Experimental Negro) debatem, com mediação de Jô Freitas, a importância da ancestralidade na literatura negra.

Quando: 27 de outubro Horário: às 16h (sábado) Ingressos: Grátis – não é necessário retirar ingressos, na Biblioteca (15º andar) Livre

 

Serviço – NARRATIVAS PRETAS COM COLETIVO SARAU DAS PRETAS, de 23 a 27 de outubro de 2018. Horário: 19h30 (terça a sábado) e 16h30 (sábado), na Biblioteca (15º andar) e Praça (Térreo). Ingressos: Grátis – não é necessário retirar ingressos Classificação etária: Livre, no SESC AVENIDA PAULISTA (Avenida Paulista, 119, Bela Vista, São Paulo) Fone: (11) 3170-0800

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