Da Redação – Apesar de contar com praticamente a mesma estrutura física há décadas, o Hospital de Clínicas Dr. Radamés Nardini de Mauá tem registrado aumento sequencial no número de atendimentos prestados à população. Referência hospitalar para os munícipes de Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, o equipamento realizou entre janeiro e setembro de 2016 cerca de 95 mil atendimentos, contra 83 mil no mesmo período do ano passado – alta que alcança 13%.
Os dados consideram atendimentos no pronto-socorro, ambulatório, internações e outros procedimentos. A microrregião atualmente soma 600 mil habitantes. Considerando apenas o volume de internações, que saltou de 8.000 para 8.500 no período analisado, é possível perceber também aumento de 16% nas internações de pacientes vindos dos municípios de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, que foram de 1.130 para 1.350.
Já o total de exames realizados saltou de 323 mil para 366 mil, com alta de 11%. Os indicadores novamente evidenciam o caráter regional do equipamento, que hoje conta com 177 leitos cadastrados no Ministério da Saúde e também é responsável pelo atendimento de inúmeras ocorrências de Urgência/Emergência procedentes do Trecho Sul do Rodoanel e de outras partes da Capital.
Em paralelo às particularidades regionais que elevaram praticamente todos os indicadores de produção do hospital, o equipamento também sofre impacto das dificuldades econômicas que o País atravessa. Desde 2015, segundo a Agência Nacional de Saúde (ANS), quase 2 milhões de beneficiários de planos de saúde migraram para o Sistema Único de Saúde (SUS) em busca de atendimento. A sobrecarga, portanto, exige esforço da gestão para equilibrar e manter as verbas de custeio e investimento sem causar prejuízos à assistência.
Reformas no novo Nardini – Para ajudar a qualificar o acolhimento dos pacientes, desafogar o atendimento e modernizar a estrutura predial sem paralisar as atividades, a Prefeitura conduz desde o ano passado duas grandes reformas em áreas estratégicas – pronto-socorro e maternidade – que apesar da altíssima demanda funcionam em áreas provisórias. As obras de modernização têm previsão de término em dezembro e vão garantir modelo de assistência 100% humanizado, em espaço ampliado, acolhedor e com novas tecnologias e ambiência.
Atualmente o PS atende a seis especialidades 24h por dia (Ortopedia, Cirurgia Geral, Psiquiatria, Ginecologia e Obstetrícia, além de casos referenciados de Clínica Médica e Pediatria) e também é referência para todos os partos de alto risco das três cidades.
As duas áreas em reforma também acompanharam o crescimento da procura por atendimento. No pronto-socorro a alta foi de 5% (48 mil para 50,6 mil). Já os partos subiram 11% (1.295 para 1.470) e as internações obstétricas 6% (1.960 para 2.100). “As obras entregues, além de qualificar o ambiente hospitalar, oferecerão áreas de atendimentos setorizadas em conformidade com as especialidades médicas disponíveis.
Com isso, os pacientes ficarão mais seguros compartilhando o ambiente assistencial com pacientes de patologias iguais ou semelhantes. As áreas críticas (Sala Vermelha, Amarela e UTIs) ficarão próximas e de fácil acesso para que uma equipe dê suporte a outra, com foco na otimização de recursos e de acordo com a necessidade do paciente. Esta reorganização física favorecerá a gestão para melhorar o cuidado em saúde considerando a demanda crescente dos usuários do SUS”, comenta o diretor geral do hospital e do Complexo de Saúde de Mauá (COSAM), José Alexandre Buso Weiller.
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