“Não podemos ter mais presídios do que escolas”, diz candidata à vice de Márcio França

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Da Redação – Declaração foi dada pela coronel da Polícia Militar (PM) Eliane Nikoluk (PR) na última noite de quarta-feira (26 de setembro), durante encontro promovido pelo grupo Board W com as candidatas ao cargo de vice-governadora nas eleições de 2018; de oito postulantes, quatro participaram da atividade

A coronel da Polícia Militar (PM) Eliane Nikoluk (PR) e outras três candidatas ao posto de vice-governadora do Estado de São Paulo participaram de um encontro promovido pelo Board W, na noite de ontem (26 de setembro), na zona sul da capital. O objetivo da ação idealizada pelo grupo de executivas foi conhecer as postulantes e suas propostas.

Durante a atividade, a aspirante à vice do governador Márcio França (PSB), que tenta a reeleição, defendeu a participação de mulheres na Política sem a necessidade de cotas e de partidos específicos para o público feminino, bem como o uso da Educação no combate à criminalidade como método complementar a ações ostensivas de Segurança Pública.

Das 12 chapas que concorrem ao posto máximo do Palácio dos Bandeirantes em 2018, oito tem mulheres na condição de candidatas à vice. Deste número, quatro participaram da atividade realizada entre 19h30 e 22h30 e que teve transmissão ao vivo pelas redes sociais.

Ao ser questionada sobre agressão contra as mulheres e a existência de suporte especializado via poder público, Eliane Nikoluk foi enfática. Para a coronel da PM, é impossível os 645 municípios do Estado terem, hoje, uma Delegacia da Mulher. Porém, é necessário que a esfera estadual invista no atendimento realizado pelas Polícias Militar e Civil face ao feminicídio:

“Tendo efetivo sensível e bem preparado, melhoramos o acolhimento a esta demanda. Também é preciso estender o horário de funcionamento das delegacias e estruturá-las. Para isso, é preciso gestão e vontade política. O governador também já se comprometeu em implementar o Botão do Pânico, aplicativo que a mulher, vítima de violência, poderá acionar com um toque ao menor sinal de agressão. A ajuda especializada chegará em poucos minutos”.

Já sobre a providência que o Estado deve tomar em combate à criminalidade, a postulante à vice de Márcio França defendeu o uso da Educação como método complementar a ações ostensivas de Segurança Pública:

“Há dez anos, tínhamos 30 mil presos no sistema prisional do Estado. Hoje, são 240 mil. Falam em maioridade penal, mas, como será daqui a alguns anos? Teremos 1 milhão de presos? Para abrigá-los, vamos construir mais presídios do que escolas no Estado? Isso não tem cabimento. Por isso, acho assertiva a revisão do Código Penal, a aplicação de penas alternativas a uma parcela dos condenados, além da ocupação do tempo do preso – ele precisa trabalhar. E, em paralelo à ação das Polícias no combate à violência, é necessário investir em Educação, tirando o jovem do ambiente onde pode ser elencado facilmente pelo crime”.

Quanto à participação da mulher na Política, a republicana disse que espera pelo dia em que não vai ser mais preciso a criação de partidos específicos para o público feminino, nem cotas asseguradas por lei:

“Temos Partido da Mulher, Partido dos Militares, partido disso e partido daquilo para justificar adesões na Política de públicos específicos. Partido bom é partido aberto à pluralidade, que tem homens, mulheres, jovens e mais experientes, e que oferece espaço e liberdade para se trabalhar e defender ideias”.

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