Mundial de natação paralímpica começa neste domingo (12) em Funchal, na Ilha da Madeira

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Competição reunirá atletas de quase 60 países até sábado, 18, em Funchal, na Ilha da Madeira. Dezesseis dos 29 nadadores da equipe brasileira caem na água neste primeiro dia de provas

Da Redação – Começa às 5h da manhã (horário de Brasília) deste domingo, 12, o Campeonato Mundial de Natação Paralímpica. A competição reúne cerca de 600 atletas de 59 países, dentre os quais 29 brasileiros. Dezesseis deles caem na água neste primeiro dia de competição no Complexo de Piscinas Olímpicas de Funchal, na Ilha da Madeira, Portugal.

As provas serão exibidas ao vivo pelas páginas do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês) do Facebook e do Youtube. 

A pernambucana Maria Carolina Santiago, da classe S12, para atletas com baixa visão, nada dois estilos neste domingo: 100 m borboleta e 100 m costas. Essas são duas das cinco provas individuais que participará neste Mundial. Ela tentará o pódio também nos 50 m livre, 100 m livre e 100 m peito, eventos nos quais é a atual campeã paralímpica. Carol ainda terá oportunidades de medalhas nos revezamentos, porém, a formação do quarteto brasileiro ainda não foi divulgada pela comissão técnica.

Os 100m costas deste domingo é a prova na qual Carol faturou a medalha de bronze em Tóquio 2020. A pernambucana rivalizará com a britânica Hannah Russel, campeã paralímpica. A russa Daria Pikalova, medalhista de prata na ocasião, não está na Ilha da Madeira, uma vez que a Rússia não recebeu autorização para participar deste Mundial de natação – mesma medida adotada para Belarus. 

“O programa de provas no Mundial tem uma menor duração de dias em relação aos Jogos Paralímpicos, por exemplo. Então, com certeza, será uma competição mais intensa e cansativa. Mas a preparação para esse Mundial foi muito boa, conseguimos nos preparar bem no Centro de Treinamento Paralímpico, passando por todas as fases do programa de treino que havíamos planejado. Acredito que chegarei bem competitiva neste Mundial também”, apontou Carol Santiago, que foi ouro nos 50 m e 100 m livre e prata nos 100 m costas e no revezamento 4×100 m livre 49 pontos no Mundial de Londres 2019.

Já nos 100m borboleta, a recifense chega com o melhor tempo do ano: 1min07s16, alcançado em abril, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. As italianas dominam esta prova. Em Tóquio, Carlota Gilli, da classe S13, e Alessia Berra (S12) foram campeã e vice, respectivamente, nadando próximas à marca de 1min05s. Esta prova foi realizada de forma grupada S11-S12-S13, para atletas com menor comprometimento visual.

A paraense Lucilene Sousa fará companhia a Carol Santiago contra as italianas nos 100 m borboleta neste domingo, 12. 

Outro medalhista paralímpico que cai na água na abertura do Mundial da Madeira é o paulista Gabriel Bandeira, da classe S14, para competidores com deficiência intelectual. Ele competirá os 200 m livre neste domingo.

Será seu primeiro duelo no Mundial contra o britânico Reece Dunn. Os dois protagonizaram uma acirrada rivalidade na capital japonesa no ano passado, ocasião na qual o inglês de Plymouth levou vantagem, com dois ouros, uma prata e um bronze em provas individuais. Já o brasileiro conquistou um ouro e duas pratas. Uma dessas pratas foi exatamente nos 200 m livre, quando Dunn superou Bandeira por 34 centésimos.

O xará de Bandeira, Gabriel Araújo, o Gabrielzinho, é outro estreante não só no Mundial da Madeira, mas também em Campeonatos Mundiais. Aos 20 anos, o mineiro de Santa Luzia da classe S2 chega a Funchal com o status de bicampeão paralímpico. Porém, a prova deste domingo não é sua especialidade. Ele terá a companhia do paranaense Bruno Becker, que nadou esta prova nos Jogos Paralímpicos de Tóquio e terminou na 10ª colocação. 

As principais provas de Gabrielzinho são os 50 m costas e 200 m livre, nas quais têm o ouro paralímpico de Tóquio, e os 100 m costas, em que foi vice-campeão no Japão. 

O último Mundial foi realizado em Londres 2019, quando o país conquistou 17 medalhas no total, sendo cinco ouros, seis pratas e seis bronzes. Entre os Mundiais de natação paralímpica mais recentes, a melhor participação do Brasil aconteceu na Cidade do México 2017, quando os nadadores brasileiros subiram ao pódio 36 vezes, sendo 18 ouros, nove pratas e nove bronzes. 

Naquela ocasião, o país ficou em quarto lugar no quadro geral de medalhas, assim como em Glasgow 2015, quando a Seleção Brasileira voltou para casa com 23 medalhas – 11 de ouro, oito de prata e quatro de bronze.

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