‘Mulher na Capoeira’ reúne 50 escritoras que narram a participação nessa cultura

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O lançamento será on-line e a obra disponibilizada gratuitamente em versão digital

Da Redação – A professora de Educação Física do Centro Universitário Internacional Uninter, Katiuscia Mello Figuerôa, lançará no próximo sábado (7), às 19h, o livro “Mulher na Capoeira”. A obra uniu registros sobre a construção dessa expressão cultural em uma interface feminina que, como em outros setores da sociedade, foi invisibilizada por muito tempo. “A ideia foi apresentar uma abordagem tanto do saber científico, quanto do saber popular e tradicional, que se complementam e têm igual importância”, explica Katiuscia.

O livro contou com a colaboração de textos escritos por mulheres da área acadêmica e com formação na cultura popular pertencentes aos coletivos: Mulher Capoeira, de Curitiba; A Voz da Mulher (Internacional); Dona Maria, como vai você? (Rio Grande do Sul) e Mulheres da Garoa (São Paulo); além de convites pontuais direcionados a mulheres reconhecidas por suas ideias e práticas na roda da capoeira do Brasil.

O resultado é uma obra rica e completa, composta por poemas, pesquisas históricas sobre a inserção da mulher nessa manifestação cultural e esportiva brasileira, além de relatos de experiências sobre a temática. O prefácio foi escrito pela professora Dra. Rosângela Costa Araújo, Mestra Janja na Capoeira, e pesquisadora do departamento de estudos de gênero e feminismo da faculdade de filosofia e ciências humanas da Universidade Federal da Bahia/UFBA. Ela também é cofundadora e coordenadora do Instituto Nzinga e Estudos da Capoeira Angola e Tradições Educativas Banto no Brasil/INCAB.

A mulher na capoeira

Hoje, a capoeira é reconhecida como esporte brasileiro e representa a cultura em mais de 190 países. Foi registrada como Patrimônio Cultural Brasileiro, em 2008, e como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco, em 2014. Porém, por muito tempo, essa arte foi marginalizada.

A história da Capoeira se iniciou no século XVI e era praticada pelos escravos nas senzalas. Foi proibida por ser considerada um risco para os senhores. Neste contexto, se disfarçou de dança para obter o consentimento dos “patrões”.

A participação feminina sempre esteve presente. Há relatos históricos de mulheres que jogavam capoeira nos quilombos, outras que tiveram que se disfarçar de homem para poder praticá-la. Os registros dos jornais da época as citam como desordeiras.

Porém, o reconhecimento feminino na capoeira vai muito além da beleza e força que as mulheres proporcionam a essa manifestação. O respeito e a valorização feminina numa roda de capoeira, garante que esse espaço seja cada vez mais democrático e diversificado, representando tolerância e convívio social para os dias de hoje.

Lançamento

O lançamento da obra acontecerá de forma online no próximo sábado (7), às 19h. Pensando na sustentabilidade e na disseminação da informação, o livro será disponibilizado no formato digital e gratuito pelo site da Editora Dialética e Realidade: www.dialeticaerealidade.com. Durante todo o fim de semana, haverá uma programação especial, aberta à comunidade geral. Para participar, basta acessar aqui.

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