Mudanças na prova do Enem podem excluir o caráter democrático do exame

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Da Redação – O Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) deve sofrer alterações no próximo ano. As mudanças visam a diminuir o número de inscritos, tornando a prova mais sustentável. Além disso, o Inep, organizador do exame, estuda formas de adequar ao prova à reforma do Ensino Médio, que consta na Medida Provisória 746/2016.

Dentre as principais alterações, o exame deixa de ser um certificado do Ensino Médio. Segundo o professor Gilberto Alvarez, diretor executivo do Cursinho da Poli, se a certificação cair, a tendência é que o Enem se torne mais difícil.

“Um dos parâmetros para colocar questões de complexidade baixa na prova é justamente a obrigatoriedade de certificar o Ensino Médio. Sem essa característica, o Enem se transforma simplesmente em um vestibular, muito parecido com a Fuvest”, afirma Alvarez. Ele complementa que esse tipo de exclusão faz com que “as mudanças excluam o caráter democrático do exame”.

Se isso for colocado em prática, uma nova avaliação voltada para o certificado deverá ser aplicada no fim do semestre do ano que vem.

As mudanças – Entre as medidas que podem começar a valer em 2017 estão: não poderão se inscrever para as próximas edições os candidatos a treineiro, alunos matriculados no Fundamental II e nas duas primeiras séries do Ensino Médio no ano letivo de 2017, apenas para um simulado que deve acontecer em julho; a taxa de inscrição deve aumentar de R$ 68 para R$ 74; a prova pode ter menos questões e ser aplicada em um dia; as plataformas da Hora do Enem e do Geekie Games poderão ser excluídas na próxima edição.

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